Ter fé em santo, médico, psicólogo é fácil, todavia pode ser falsa fé, pois diante de qualquer desilusão, por pequena que seja, advém a infidelidade ou incredulidade.Esse tipo de fé difere do estado de fé, no qual há modificações profundas na personalidade, como soi ocorrer quando o individuo pratica a meditação profunda seja pelo Zenbudismo, associado ao retiro espiritual, seja pelo não pensar preconizado por Bion (19), difícil para o Ocidental.
Poucas pessoas conseguem o estado de fé. pois precisa-se de um contínuo pensamento positivo e construtivo para regularizar-se os campos mórficos, manter-se o equilíbrio, além dos hormônios, neurotransmissores, minerais, enzimas, cininas e o metabolismo em geral.
Na Tailândia, perguntamos a um monge se todos eles conseguiam praticar com profundidade a meditação Zen: ele me disse que nem todos. Penso que aqueles monges que tiveram na iníancia graves conflitos inconscientes no período de molde e que geraram culpa, não seriam portanto capazes. A meditação profunda faz aumentar a prolactina, índice de cérebro tranqüilo com mente clara e paz de espírito, como também regulariza outros hormônios: fenilalanina, cortisol, amino-ácidos, etc. (54)
O poder da oração é extraordinário, contudo somente quando o religioso estiver em "verdadeiro estado de fé", é que terá possibilidade de transmitir ondas magnéticas que poderão atingir e atuar em outra pessoa.
A fé não é um ato convencional que se expressa apenas por um momento, em casa ou nos templos. É um sentimento de confiança e amor fraternal, atuante e permanente, que deve ser praticado, não só no templo, como no lar, no ambiente de trabalho (durante o contato com os pacientes) e em meio da sociedade.
Na Epístola de Tiago (52), encontramos os dizeres: "A fé sem obras é morta". Se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras, isto é, não tiver sentido as interpretação do psicoterapeuta, que provérbio poderia usar?
Bion (19) sugere que um psicoterapeuta aprenda a trabalhar, refreando a memória, o desejo, a compreensão e propicie um estado mental, que representa com o termo g, que lhe permite aproximar-se da realidade psíquica, que não e ser conhecida. e sim "Sida"- trata-se de um ato de fé científico que deve ser distinguido da fé religiosa, pois aquele funciona em uma dimensão não sensorial. auxiliado pela intuição (condição de captar especificamente os estados emocionais). Esse ato de fé representa uma atitude mental favorecida pela "não lembrança, não desejo e não compreensão", destinada a captar as evoluções de O (zero na sua grade). (19)
Estamos ainda, por ora, "arranhando a superficie" de nossos conhecimentos sobre o relacionamento de inconsciente para inconsciente.
Há três tipos de fé inata: pura, passionai e tenebrosa, que constituem respectivamente, o homem puro, os aventureiros poderosos e, finalmente, os dominados pela agressividade e maldade (30). Outrossim, a fé para Kant (24) pode ser Pragmática (prática e útil), fé doutrinal (compromissada) e fé moral, que dá certeza de não ser comunicada, e não é, portanto, de natureza lógica mas, é certeza moral que se baseia em fundamentos subjetivos. Outrossim, a fé é, antes de mais nada, um ato existencial, uma direção dada à vida do individuo, capaz de transformá-lo e não isenta de riscos.
Duns Scot (50) acha que a g não é hábito especulativo, nem o ato de crer é um ato especulativo, nem a visão que segue a crença é visão especulativa, mas sim todos são práticos.
Eckhart ( Abbagnano pg. 410) (49) vê na g o meio pelo qual o homem atinge a realidade última de si e de Deus - é o nascimento de Deus no homem.
Quando o paciente sente o analista tal como Deus, uno, simples, perfeito, infinito, inteligente e dotado de vontade aí ele estará em estado de fé (é o Theástai que significa saber enxergar).
A fé foi a primeira resposta do homem ao apelo divino da graça, ou seja, o livre a auto manifestação de Deus, os
pecados seriam perdoados (fé fiducial).
A incredulidade é a falta de fé na revelação de Deus, ao lado da SUDersticão que seria uma falsa fé. decorrente de
sentimentos de culpa.
O paciente que não consegue ter no psicoterapeuta é porque está carregado de instinto de morte (tanato), que é maquiavélico, sub-reptício, traiçoeiro e sádico, ou então, esta superpondo a imagem do pai castrador da inf'ancia, anexado à figy!!! combinada que é sempre castradora. Deus seria, na fantasia inconsciente da criança que poderá persistir no adulto, simplesmente uma projeção do pai da fanúlia. Esse Deus não tem nada a ver com o Deus na realidade!
O paciente que recusa ser psicanalizado ou abandona a psicanálise, é porque, tem medo de se conhecer, não tem nele e no psicoterapeuta, havendo um predomínio da autodestroição inconsciente. Por esses motivos, o paciente deve ser psicanalizado para resolver o seu estado sem fé ou então, ser ajudado por outros meios, como dizem os poetas e pensadores:
Pietro Ubaldi (51): "Tende fé ainda que o céu esteja em trevas,
O horizonte fechado
e tudo aparece acabado;
Porque mais adiante,
Estará sempre em expectativa,
Uma força que vos fará ressurgir".
Ou F. W. Larenz (53): "Qualquer que seja a crise em tua vida,
Nunca destrua as flores da Esperança
E colherás os frutos da Fé"
Iremos trazer alguns exemplos que aprendemos em uma discussão com os budistas no Congresso Internacional de Medicina Psicossomática em Kioto, no Japão, em 1977.
Gostariamos de focalizar o KOAN, paradoxo insolúvel pelo intelecto e pela lógica (1). Você pode ouvir o ruído das duas mãos, batendo uma na outra. Ouça agora o ruído de uma só mão. Se formos utilizar o fenômeno das radiações elétromagnéticas ou dos elétrons Hadrions: Barions-proton, neutrino, lambda, sigma, ksi e ômega, M pion, kaon e eta; Leptons; neutrino, elétron, múon (2); pósitron e anti -prótons, e captá-los, tecnicamente, talvez poderiamos começar a entender o fenômeno do KOAN, principalmente se conhecermos melhor o Domo Mythicus (produtor das fantasias inconscientes), a ressonância mórfica (não material) memória coletiva inerente na natureza e a física Neognóstica de Charon (3 a,b). Dessa maneira, poderiamos destrinchar a mente humana. Os novos gnósticos de Princeton e Pasadena guardaram da antiga filosofia, a idéia de que aquilo que denominam "Espírito" é indissociável de todos os fenômenos que vemos no Universo, sejam fisicos, sejam psíquicos.
Quando o ser humano afinna "eu penso", os gnósticos, enfatizam: ele deveria dizer de forma mais correta, "ele pensa", ou "ele domina um pensamento no espaço", do mesmo modo que o fisico diz "ele domina um campo magnético no espaço", a que é capaz de fazer "nascer" o pensamento no espaço, no mesmo sentido em que um elétron é capaz de fazer nascer em tomo de si um campo elétrico no espaço. Desde então o pensamento está presente em toda parte. Onde quer que ele vá, irá um elemento químico. O corpo responde a minha mente e minha mente está inserida em cada parte do meu corpo: Segundo Reale (4), Anselmo D' Aosta diz, logo pensa-se em Deus como o ser supremo e nada maior que ele poderá então, ser pensado, ele necessariamente existe, quer no intelecto quer na realidade. O mesmo Reale refere: "Cogito ergo Deus est" (penso, logo Deus existe) como" Amo, logo creio". A religiosidade resulta de sentimento de fragilidade do ser humano, sujeito a imprevisto e imprevisível run físico, o que o leva a apelar para a crença num fim transcendente. A nosso ver essa fragilidade seria decorrente de um sentimento de culpa inconsciente, advindo das fantasias da infância.
A troca de informações entre dois elétrons, isto é, á troca espiritual, poderá acontecer qualquer que seja a distância, vemos aparecer aqui as primeiras bases verdadeiramente científicas dos fenômenos telepáticos e do nosso conceito de ESTlDADE (5,b).
O elétron é um verdadeiro micro universo; possui um tempo cíclico que lhe permite reencontrar os estados passados do espaço pelo qual é constituído.
Não somente não há objeção real à concepção de partículas dotadas de "psíquicos", mas ainda tudo que percebemos à nossa volta mostra-nos o psiquismo disseminado nas coisas.
Meu "Ego", isto é, meu "Espírito", se comunica com meus elétrons. Existem aqui identidade entre meu "Ego" e meus elétrons.
Se pensamos nas partículas elementares, tais como os prótons ou os elétrons, podemos dizer que toda a matéria do nosso corpo se conserva depois de nossa morte; a fisica nos confirma que tais partículas são "estáveis", isto é, têm praticamente uma duração de vida infinita - alma imortal!
Segundo Gleiser (6), ao entrarem em contato, matéria e antimatéria, elas se desintegram imediatamente e suas massas seriam transformadas em relações eletromagnéticas. Portanto, nós somos produtos dessa assimetria fundamental no Universo.
Um átomo de antimatéria seria wn átomo de anti-hidrogênio. A cada volta completa de (3 milhões de vezes por segundo!) um anti-wton bombardearia wna amostra de gás xenônio. A velocidade de um pósitron era suficientemente próxima a de um anti próton para que os dois se atraíssem eletricamente e formassem um átomo de "anti-hidrogênio". Até hoje 9 foram criados, pois uma vez criados os anti-átomos existiriam apenas 40 bilionésimos de segundo, viajando em uma velocidade próxima a da luz por dez metros até se colidirem e desaparecerem.
Pascal (7) tinha razão em observar que o Homem é um "animal pensante", mas pensamento, que nos dá o sentimento profundo de existir. É precisamente ele que "sonda" sem cessar o meio exterior e informa nossos elétrons.
Elétrons existentes no DNA dispõem de informações extremamente especializadas, próprias para assegurar cada uma das funções do nosso corpo, enzimas, hormônios Ca, Ph, K, cininas, neurotransmissores, etc. O pensamento é bioquímico indo estimular as células dos órgãos e esses atuando no cérebro, isto é, nos pensamentos e sentimentos.
Todas as informações que, durante nossa vida humana, armazenamos nessas partículas espirituais entram na constituição de nosso corpo vão subsistir além de nossa morte corporal, praticamente pela eternidade (3,a) Pascal dizia: "De tal maneira a imortalidade da alma nos diz respeito e toca-nos tão profundamente, que é preciso ter perdido todo o sentimento para considerar esse problema com indiferença (7).
Cada partícula possui uma "história" que remonta a todo o passado do Universo; isto significa que cada partícula viveu uma experiência diferente da de sua vizinha, antes de participar com ela da mesma estrutura complexa viva ou pensante,
O espermatozóide sofre (a cauda é cortada) ao entrar no óvulo, sofre também para se unirem, ficando gravado na sua estrutura (no seu DNR), A chama divina estaria em todos os indivíduos (as essências são universais como reza o Tomismo) ou estaria contida indiferentemente ( o universo e o individual) na essência (conceito de estidade) assim esta concepção dependeria de se considerar a essência metafisica e física (esta seria um fenômeno energético mutável) ou então acreditar ou não na existência da alma eterna.
Tales de Mileto declarava que todas as coisas estavam cheias de deuses. (8,b)
Para René Descartes (Principia philosophiae apud Brugger) (8,a), a visão da natureza derivava de uma divisão fundamental em dois reinos separados e independentes: o da mente (res cogitans) e o da matéria (res extensa). A divisão "cartesiana" permitiu aos cientistas tratar a matéria como algo morto. "A alma se encontraria localizada na glándula pineal", conceito cartesiano.
A consciência concebida como fenômeno biológico é a melhor maneira de se estudar o espírito. A ciência cognitiva contemporânea considera que a explicação básica da consciência repousa sobre elementos inconscientes. O modelo básico de explicação é a existência de processos inconscientes que não são acessíveis nem à consciência nem à neurobiologia. Segundo os conceitos searleanos: "a necessidade da intencionalidade, sem postular necessariamente um mecanismo inconsciente no cérebro". "O cérebro é a causa do espírito e o espírito é uma característica do cérebro". Os bons pensamentos e sentimentos são os paladinos da saúde física e mental.
Para Sheldrake (55), os campos mórficos podendo superar as limitações do mecanismo e oferecer uma explicação inteligível para inúmeros fenômenos não compreendidos; entre eles, a comunicação entre as pessoas e o Xôo ordenado de bando de aves (nós, durante a psicanálise, para podermos entender a linguagem esquizofrênica na salada de palavras, utilizamos do princípio de Von Domarus, baseado nos predicados e na metonfmia). Sheldrake (55) acha que todas as criaturas vivas tem os seus próprios campos mórticos e que mente racional, produto do mecanismo, atua como wn filtro, suprimindo as possibilidades de telepatia (que ainda pode ocorrer em deteIminadas circunstâncias). Esse filósofo considera a hipótese de Deus, numa analogia aos campos gravitacionais, ser representado por um grande atrator (que atrai) para onde converge toda a evolução.
Os adeptos da escola de Mileto eram chamados hilozoistas, ou seja, "aqueles que pensam que a matéria é viva ".
Os sábios não viam distinção alguma entre o mundo animado e o inanimado, entre o espírito e a matéria. A Mecânica Newtoniana unificou a nossa compreensão dos movimentos estelares e teremos: a) Eletrodinâmica Maxweliana unificou os nossos conhecimentos de espaço - tempo - gravidade. Em psicanálise, o progresso e a interpretação dos dados observacionais se realizam superando os dogmas das diferentes escolas. Portanto, a Mecânica Newtoniana e Eletrodinâmica Maxweliana deixaram de ser a base de toda a física.
O pai da teoria da gravidade, Newton, sempre defendeu conceitos de essência espiritualista. Ele distinguia, então, dois tipos de luz: uma luz fenomênica, a que vemos; e uma luz numênica, que seria uma luz e , portadora do que chamamos "Espírito" (ou Nous ou Libido ou Amor).
" Quanto mais penetramos no mundo submicroscópico, melhor poderemos compreender a forma. pela qual o físico moderno, à semelhança do mlstlco onental, passa a perceber o mundo como um sistema de componentes inseparáveis, em permanente interação e movimento, sendo o homem parte integrante desse " sistema. A noção cartesiana - neMoniana do mundo torna-se obsoleta e insustentável, e no seu lugar !, surgem as novas imagens e conceitos como a matéria prima é substância mental "Eddigtoniana", "universo inteligente" Fosteriano e o "universo holográfico" Tribaniano. A teoria quântica mostrou que as partículas sub-atômicas não são grãos isolados de matéria, mas modelos de probabilidades, interconexões numa inseparável matéria cósmica que inclui o observador humano, pois a mera observação de um fenômeno pode afetar o dito fenômeno.
Os paralelos com a física moderna aparecem nos Vedas do Hinduísmo, os adeptos dos Upanishades, com o conceito de que o mundo é considerado com aparência enganadora. Maya Sunkara julgava que o ego individual é idêntico ao Brahman (1). Esses paralelos aparecem também, no I Ching, (1) nos surras budistas, como igualmente, nos fragmentos de Heráclito de Éfeso, o obscuro. Este estabeleceu o Lagos, a unidade permanente do ser, diante da pluralidade e mutabilidade das ~ "nada pennanece imóvel"; e de Empédocles de Agrigento, fundador de conceitos, tais como, o da substância ser imutável e o da aletheia, a verdade à medida humana, paridade entre amor e ódio (8, a, b), como também, o dos ensinamentos do feiticeiro yaqui Dom Juan (10), no sufismo de Ibn Arabi, AI - Farabi, AIgazal que descreveu IHY A (Da morte e do que segue tratado de escatologia muçulmana) (8, c), Attar (11), Sadi, Omar Khayyam (12) (similar a Spinosa a quem chamavam "filósofo intoxicado por Deus) (11). No sofismo o homem é uma miniatura de Deus (Microtheos) que vive unicamente para Deus, renuncia às pompas e às vaidades mundanas para perceber o "gosto" e "êxtase", espécies de luzes interiores das inspirações divinas, (similar a um "insight"); e o Taubid unificação com Deus percebido " pela Ujdaniyat (13). O ponto de vista defendido neste livro difere da religião (não que sejamos do contra e sim por que aceitamos todos os cerimoniais religiosos por serem balsarnicos aos crentes, embora com o término de uma psicanálise bem executada ou com meditação transcendental o indivíduo não os necessita mais; ele SÓ, sem igreja ou cerimonial, poderá "sentir" Deus). Os conteúdos essenciais da religião compreendem o dogma, o culto e a moralidade além de revelação, a tradição e a ortodoxia. A nosso vêr não utilizamos os dogmas mas sim do culto à moralidade, a meditação profunda dentro dos conhecimentos científicos aristotélicos (pensamento coueto) como os paleológicos como são os fantasmas inconscientes. A maioria dos indivíduos necessita da religião como proteção, como soi ocouer no portador de neurose obsessiva utilizando-se de cerimonial (bater na mesa, não passar em baixo de escada, não jogar sal na mesa, etc.) muito similar, no sentido simbólico, nos diversos cultos. Outra fonna de proteção é por identíficação projetiva, o querer identificar-se com um objeto bom tal como ocoue com o cristão adorando Jesus Cristo, o budista idealizando Buda, o judeu seguindo Moisés, o indú, venerando Shiva , Brahrna, Vishmu e o sufista muculrnano, obedecendo Maomé ou Mohamed. Aliás, o significado de religião é o que liga o homem a Deus (teodicéia) ajudando-o a libertar-se do tenor (soteriologia) que podem ser as fantasias inconscientes agressivas aos entes queridos. A sabedoria perene (Sophia perennis) permite ao homem autoconhecer-se e assim aproximar-se do absoluto (Deus) "Quem conhece a si mesmo, conhece o seu Senhor (hadiths de Mohamed). Contudo a verdade
muitas vezes é contundente; o próprio Tomé diz: "que se dissesse apenas uma das sentenças que Jesus lhe confiou, ele seria "lapidado" e que das "pedras brotaria um fogo l; devorador". Assim como um Sufi refere "Guardei em minha memória" dois tesouros que recebi de Mohamed.
Um deles eu divulguei, mas se divulgasse o outro, meu pescoço seria cortado. Ihn Aradi diz que os profetas são portadores de determinados arquétipos divinos e que é indispensável a pureza moral, invocação de Deus, eliminação dos maus pensamentos, exame constante da consciência interesse, silêncio, humildade e falta de anseio espiritual (a intuição só é dada aquele cujo coração é transpassado por um anelo intenso com a essência do seu Senhor)" (9,b).
A teoria quântica refere que os spins (medidas) de 2 elétrons em torno de um eixo, cuja medição sobre a partícula 1, poderá estar a milhares de distância, então a partícula 2 adquirirá um spin definido, ao longo do eixo escolhido, embora, este não tenha tempo de receber essa informação por via da fisica convencional (14).
Os glúons não são partículas reais, mas uma espécie de quanta (unidade individual em que as ondas podem ser emitidas ou absorvidas) que "gruda"(glue} os quarks entre si para formar mésons e bárions, o que para nós poderia explicar inúmeros fenômenos mentais, inclusive a telepatia ou a comunicação de inconscieute para inconsciente. O salto de um elétron de uma órbita atômica para outra, por exemplo, ou o decaimento de uma partícula subatômica (spin ou gerar como um pião) pode ocorrer espontaneamente, sem ter como causa um evento isolado. Podemos dar como exemplo a experiência nos animais condicionados: no gato não ensinado, as ondas elétricas lúpocâmpicas precedem àquelas do córtex entorrinal, sugerindo que a atividade lúpocâmpica dirigi-se para o córtex. No animal ensinado, as ondas interrompidas precedem as do lúpocampo. Existem variáveis "ocultas", dsconhecidas dos fisicos, que impedem fazer predições exatas, pois são conexões instantâneas com o universo como um todo, diferente da fisica clássica. O todo é que determina o comportamento das partes, tal como na psicologia da Gestalt.
Koans nela eletrodinâmica e cromodinâmica atlânticas poderiam explicar o som de uma só mão!
Outrossim, o "Princípio da incerteza", de Werner Heisenberg (15), e as Teorias atlântico - relativistas. na fisica das partículas, poderiam esclarecer diversas experiências da natureza, como certos fenômenos da parapsicologia.
A teoria do "bootstrap" (presilha da bota) levaria-nos além da ciência, segW1do Geofrey Chew (16),: a visão do mW1do como uma dinâmica de relações fisicas e psíquicas que constituiria a "Dança cósmica", isto é, Shiva dançando numa "câmara de bolhas", concepção teórica. mostrando o paralelo entre a fisica e o misticismo (17).
Sócrates, na Grécia, afirmou o famoso "sei que nada sei" e Lao Tsé, na China (não se deve separar seu livro do Chiang Tsé, ambos devem ser considerados da mesma origem) assegurou que o melhor é não saber que se sabe (18). Podemos comparar o que disse Bion sobre o "não seio" ou "sem memória e sem desejo" ao se analisar um paciente (19).
A verdade achava-se escondida em paradoxos "Koans", que não podiam ser resolvidos pelo raciocínio, mas demandavam serem compreendidos nos termos de uma nova percepção: ação da realidade atômica.
A tomografia digitalizada ou P.E.T. ou com a F.2. desoxiglicose ou através da ressonância magnética, pode-se saber se um indivíduo tem bom ou mau pensamento.
Em uma reunião de clinica Médica na Escola Paulista de Medicina, os profs. Edgard Atra e Feres Secaf fIzeram exposições sobre a doença de Sjogren, projetando slides cintilantes e video-tapes da tomografia do coração e cérebro, parecendo mais uma aula de Museu de Arte, tal a "beleza do colorido". No fmal, comentamos a importância da tomografia computadorizada do cérebro, principalmente de Positron Emission (pet), para o diagnóstico diferencial da esc1erose cerebral e esquizofrenia pré-frontal. Disse o prof. Feres Secaf: "isso não é nada, a tomografia pode até saber sobre o pensamento". Muitos riram! Respondemos que, através da tomografia, marcada pela fluordesoxiglicose, poderiamos averiguar o grau de comprometimento do neurônio. Em um pensamento confuso, haveria aumento de bufotenina ou da taraxema, em um pensamento agressivo, aumento da nor-epinefrina, em um pensamento ansioso, o antigabamodulÚlico, etc. A prolactina está baixa nos esquizofrênicos e a meditação zenbudista aumenta a proladina sangüinea. Exagerando, poderíamos dizer: "até o bom ou o mau pensamento poderá ser detectado...". Eis a psicossomática, hoje.
Não mais se poderia confiar com absoluta certeza na lógica ou no senso comum. A Física atômica forneceu aos cientistas os primeiros lampejos da natureza essencial das coisas. À semelhança dos místicos, os fisicos lidavam com uma experiência não-sensorial da realidade e, víram-se forçados a fazer face aos aspectos paradoxais dessa experiência. A partir de então, os modelos e imagens da física moderna tornaram-se semelhantes aos da filosofia oriental.
A partir dessas transformações, veio à tona uma visão de mundo inteiramente nova e radicalmente diferente, e que ainda se encontra em processo de formação pela pesquisa científica atual. Chuang Tsé (18) diz: "a mente serena do sábio é um espelho do céu e da terra - o espelho de todas as coisas". Taoismo (de Lao- Tsé ou velho mestre) transmite ensinamentos sem palavras (2). O Tao é a realidade última e indefmível como tal, é o equivalente do Brahman hinduísta e do Dhannakaya budista, ou "a coisa em si" Kanteana, jamais inteiramente conhecida. Taoismo se interessa pela sabedoria intuitiva e não pelo conhecimento racional.
A doutrina de Avarjwm (o segundo Buda), no século fi de nossa era, e a dos innãos Asanga e Vasabundu desenvolveram o conceito de consciência cósmica (Alaya Vijnana). O real nada mais seria do que uma construção da nossa consciência, considerando, também, outros aspectos com a matriz cósmica impessoal e inconsciente de todos as manifestações psíquicas. Descrevem, portanto, pela primeira vez, a descoberta do inconsciente (2 mil anos antes de Freud e do inconsciente coletivo de Jung). (20)
A exploração do mundo subatômico revelou uma realidade que repentinamente transcende a linguagem e o raciocínio, levando também a unificação de conceitos que até agora se afiguravam opostos e irreconciliáveis, acabando de se tornar uma das características mais notáveis dessa nova realidade.
Quanto a correlação dessas teorias com as técnicas psicanalíticas e psicossomáticas, poderíamos ditar alguns exemplos.
Ikemi (2l,a), refere o dô, caminho para se chegar a ser "iluminado" (Satori ou insight), através dessa disciplina, por favorecer o controle dos movimentos, tal como ocorre no Sadó (cerimonia do chá), na qual, oferece-se, através dos movimentos graciosos, cheiro de incenso, a amizade e prazer rno rel~ionamento humano (Ichigo Ichie - one ch~nce, one meeting). O ,mesmo p~~sso se dá no Zenbudismo que, com o relaxamento (na qual há aumento da prolactina sangumea que pode confmnar uma situação anti-estressante) evita-se o "Taitoku", isto é, a somatização e alexitimia. Fenômeno similar ocorre no relaxamento autogênico de Schultz e na Yoga. Ikemi constatou em 72 casos a cura do câncer, quando os doentes se dedicavam, com fé e grande humildade, à filosofia de vida ensinada pelo Shinsho-noié, Zen, etc. (21)
A Cura Ouântica, segundo Chopra (23), não é uma recuperação expontânea (esta sói ocorrer de uma entre 20 mil casos diagnosticados de câncer) é mais de que isso quando se utiliza a meditação profunda (Samadhi), a prática da visualização seja ela sobre o próprio tumor (não se identificando com essa neoplasia) ou sobre o sistema imunológico "procurando sentir" o sangue atacando as células cancerosas, portanto imagens visuais positivas ao lado da mudança radical de comportamento, aceitando o conceito hipocrático de que "um paciente mortalmente doente poderia se recobrar pela fé na deusa de seu médico". As cininas, enzimas, endorfinas, hormônios, neuro-transmissores e neuropeptideos devem "escolher o receptor na parede celular" com especificidade (estidade). A mente não pode ser projetada no corpo sem tais substâncias químicas. Em cada pensamento a mente consegue mover átomos de H, C, O e outras partículas das células cerebrais como os neuropeptideos. Não existe uma linha reta de ligação (como no mundo racional de Newton) e sim uma transformação oculta em andamento como a de um pensamento em molécula. Os neuropeptideos obedecem aos comandos da mente com a velocidade da luz. Todas as nossas células tem capacidade de fabricar essas substâncias, sejam, a interleucina, colecistocinina, etc., daí o conceito do corpo pensante ou, como já dissemos, do ego celulo-humoral (15,d). Se o paciente sente o médico ou o tratamento como mensagem bruxa a capacidade de cura diminui muito. Elmer e AIyce Green (@!!Q Chopra) (23) em 400 casos de recuperação expontânea, todos os pacientes apresentavam algo em comum tinham mudado de atitude antes de ocorre a cura. A meditação pela cura quântica precisa ser intensa, profunda e sentida com fé, para derrotar o processo canceroso, precisa o doente sentir a suspensão sem esforço assim como a lentidão das pulsações e interpretar os atos humanos com mais benevolência. O indivóduo pode até andar sobre brasa sem se queimar (levitação). A cura quântica é a capacidade de um modo de consciência (a mente) para corrigir espontaneamente os erros em outro modo de consciência (o corpo). Para nós, os conflitos inconscientes que produzem sentimento de culpa oriundos de fantasia da infãncia, principalmente referente a figura combinada (fantasia inconsciente de pais perseguidos em coito canibalístico ) que causa muita inveja levando a criança a ter fantasias de assassinar os pais ou seus substitutos (conjugues ou outra pessoa) (5,d) . Esta imensa culpa inconsciente acarretaria o processo canceroso, daí uma das dificuldades da psicoterapia no tratamento das neoplasias.
Aliás, nós verificamos que o estado depressivo precede ao aparecimento do Ca (5,d). Por outro lado, a alegria aumenta as defesas imunitárias, como demonstrou ltami .Ç1J!l (22). A teoria da ressonância mórfica de Sheldrake (9) e o conceito do inconsciente coletivo de Jung apresentam semelhanças. Nosso DNA é semelhante a um receptor de televisão, que nos permite captar a transmissão. (26)
É possível transcender o círculo vicioso de samsara, o dos atos obsessivos compulsivos, através da psicanálise e principalmente pelos psicotrópicos que atuam no cérebro reptiliano (diminuindo a sua irritabilidade que seria um defeito dessa parte do tronco cerebral que levaria à necessidade de atos repetitivos, constituindo as neuroses obsessivas, com superstições das mais variadas, inclusive mitos religiosos. É a reza contínua e repetitiva do mesmo texto, sem sentí-Io. Essa normalização do tronco cerebral (sistema límbico e córtex) pode nos fazer livrar do jugo do karma e alcançar um estado de libertação total denominado nirvana em oposição à "auydia" (ignorância).
Voltando ao fenômeno de KOAN: os nossos conhecimentos da mente poderão nos ajudar a entender a própria mente, principalmente se utilizarmos do Homo Mythicus, isto é, o das fantasias inconscientes. Diz Ananda Coomaraswamy (17, a): o "mito incorpora a abordagem mais próxima da verdade absoluta, capaz de ser expressa em palavras".
A concepção sem amor (mãe com sentimento filicida inconsciente ou o não desejo do desejo) levaria o concepto à infelicidade, à insatisfação pela vida, como procuramos demonstrar em 254 casos. (15, e).
Um analisando diz: - "sonhei que havia assassinado 783 indivíduos. Puxa! Como estou louco!" Durante a análise, verificamos que esse era o seu n° de matricula no Colégio Militar - seria, portanto, wna fantasia de autodestruição!. "O sonho mostrando a chapa de wn táxi: nOs. 60.420 - era quanto a paciente havia gasto, durante o seu tratamento psicoterápico - é a pantomnésia".
"A pílula anticoncepcional, despertando o objeto aletargado (símbolo da mãe má)". Se tivermos o conhecimento da influência da tensão pré-mestrual através dos awnentos dos estrogênios, antidiurético, aldosterona e progesterona causadores de sintomas de ansiedade, irritabilidade, depressão, estufamento e mal estar, por estimular os conflitos inconscientes com a figura materna, (internalizada como má), estaríamos, portanto, mais aptos para tratarmos essas pacientes, abaixando os referidos hormônios, seja por drogas ou pela psicanálise ou grupanálise.
"Decodificar a linguagem metonimica. O esquizofrênico diz: "o bife queimou a casa", querendo dizer: ao se fritar um bife pode-se chamuscar certos objetos na cozinha e assim botar fogo na casa. Este é o princípío de Von Domarus que necessita ser compreendido para se decifrar a "salada de palavras", durante o discurso do esquizofrênico.(4,b).
Por outro lado, nós temos problemas da síncronícídade para descrever coincidências significativas.
Exemplo da própria vida de Jung (25) nos ajudam a entender melhor o que ele queria expressar com a palavra síncronícídade. Em carta a J.B. Rhine, pai da parapsicologia, Jung descreveu um incidente que considerou como síncronícidade: uma sua paciente sonhou com uma raposa. Ao acordar a raposa verdadeira surgiu.
Balen (26) cita o seguinte caso: Um negro sentou-se para ouvir os cânticos de Natal. Assim que sentou, ele pensou em sua família e em seu avô que o amava e que o levava à igreja. Lembrou-se da canção favorita de seu avô e teve uma premunição. Estava interiormente convicto de que o coro entoaria o hino favorito de seu avô. Seu raciocínio lógico porém lhe dizia que não. Af1nal estavam ensaiando cânticos de Natal. E enquanto brigava dentro do rapaz a intuição e seu raciocínio lógico, o coro começou a entoar a canção favorito de seu avô, cuja letra era: "Eu venho para o jardim, enquanto o sereno aínda permanece nas flores, e ele camínha comígo, fala comigo, e me diz que eu lhe pertenço ... Ele me diz que não estou só". Então, quando a canção começou, ele sentiu dentro de si a mais profwlda paz que jamais houvera antes experimentado em sua vida. Naquele momento de paz profunda, que foi um momento de sincronicidade, ele soube que sua vida tinha wn propósito e que não estava sozinho. O místico indígena é também wn Xamã, que parece entrar num campo mórfico próprio assim que inicia a prática xamânica.
Jung (25) contou que certa vez, durante uma sessão, em que o consultório encontrava-se menos iluminado, uma mulher narrava um sonho, no qual estava presenteando com uma jóia, de ouro que tinha o formato de um escaravelho. Entra um besouro; algo mudou no ambiente, alguma coisa se inseriu no processo, trazendo todo um potencial de mudança (25). O que ocorreu naquele instante foi sincronicidade; o escaravelho que entrou no consultório, assim como o que entrou no sonho é um símbolo de transformação; quando ele, atipicamente, bateu contra a vidraça e foi colocado para dentro, a realidade do mundo simbólico também entrou, como era necessário, para que a paciente se sentisse mobilizada e pudesse realizar em si as transformações que o seu crescimento psíquico requeria. Outro exemplo de síncronícidade descrito por Jung (25) vivenciado por ele mesmo. Lembrou-se de ter acordado com uma aguda dor de cabeça e incômoda sensibilidade na parte posterior do crânio. Ao retomar a Zurich ficou sabendo que um paciente seu havia se suicidado naquela mesma noite, com um tiro na testa, tendo a bala se alojado na parte posterior da cabeça.
Muitos acontecimentos sincronísticos podem também ser descritos por tennos parapsicológicos tais como telepatia, a comunicação de uma mente para outra, précognição, através da qual uma pessoa tem um sonho ou premonição de algo que vai acontecer no futuro. Essas experiências que se enquadram no reino da percepção extra sensorial (PES) conexão invisível entre nós e os outros, entre nós e a natureza.
Uma paciente acordou durante a noite e teve a sensação que sua ftlha estava em coma num hospital; havia sofrido uma hemorragia interna; de fato, havia tido na realidade um I. V.C.
A analista (57) sente se mal durante a grupanálise de um paciente verborrágico que contou que ele se sentia no meio de um enorme rio; nesse momento o mal estar desapareceu e ela disse: "você sente pequeno em rio grande". Ele responde: "sinto-me com tontura e mal estar". A analista fez uma auto-análise e recordou que durante a sua terapia havia vivenciado o seu nascimento e revelou ao paciente que o rio simbolizaria um estouro da bolsa. "Você está revivendo isso aqui". O paciente disse: "incrível, já nada sinto". Ambos, o paciente e a analista tiveram uma sincronia ou consonância, tal como a telepatia e premonição ocorrendo no espaço-tempo relativo (vibração macro-micro similar o que se processa com a comunicação mãe-bebê).
Tao ensina que existe a unidade que está na base de tudo que existe, através da percepção subjetiva de que o mundo interno e o externo caminham juntos. O vislumbre do Tao é uma experiência gnóstica. Tao é através da metáfora. Tal como no conto Rashomon, de Akutagawa Ryudosuke, todos nós iremos ter uma visão pessoal do ocorrido, em qualquer tipo de exposição. SARIPUTRA disse (20): "Todos os fenômenos materiais: as sensações, as idéias, a consciência, são vazios de substância própria e aquilo que é vazio de substância é, entre outra coisa, fenômeno material (em linguagem psicossomática: enzimático, hormonal, etc.) Justamente, por não haver nada que possa ser conhecido ou obtido (a "coisa em si" Kantiana é incognoscível) (24), é que as pessoas podem descansar na perfeição da sabedoria dos buscadores da verdade, sem que nada lhes perturl>e o espírito. O vós que fostes para a Outra Margem, vós possuis o iluminado (Buda, Cristo, Maomé, enfim Deus). Os grandes buscadores da verdade não têm os pensamentos do "ego", eles, tal como Tathagata, vêem com o "Olho do Desperto", eles não tem os pensamentos de "coisa com substância própria" e de "coisa sem substância própria", por não terem apego ao ego; são humildes. Como disse Confúcio (27), "a razão porque o mar recebe as homenagens de rios, riachos e ribeiras é porque se coloca em nível um pouco abaixo dos afluentes". Krishasmurti disse (28): "só se pode compreender e amar, quando se é humilde". Aloha-espírito dos havaianos é a coordenação da mente como o coração"
O espaço em geometria deriva-se de uma experiência, lugar onde uma coisa estava. Um sentimento de expressão é o lugar onde um objeto (por exemplo, o seio) estava (sai o objeto, toma posição a depressão), é o chamado spatium (5, c) (do neo-estruturalismo), o lugar onde a depressão costumava estar. Sem o objeto, fica espaço m!Q e este m!Q superpõe-se, portanto, à depressão - é o vazio existencial reoleto de objetos bizarros. O espaço mental é como "a coisa em si" Kantiana, incognoscível, mas que pode ser representada por pensamentos. Sem pensamentos (ou mesmo sem bons pensamentos) fica então o ~ É como diz Bion (19): "ficariam somente elementos beta, que só devem ser evacuados, dai a fuga do vácuo pela somatização ou incluindo pensamentos, sonhos, fantasias ou delírios alucinatórios, tudo para fugir do vácuo existencial, O pensamento que não produz elementos alfa, nem será classificado como pensamento, Julgamos que a substituição do pensamento seria, então, a somatização; uma defesa, portanto, para não sucumbir e continuar a viver, apesar das frustrações da vida (da falta do seio bom).
DVANI: A tradição hindu ensina: O "dvani" é a fala que faz ouvir o que ela não diz, Conta a historiazinha, de maneira ingênua, para nos induzir a penetrar na verdade que ela oculta, o seguinte: Uma jovem esperava seu amante à margem de um riacho, quando vê um brâmane caminhando por ali, Ela vai até ele e exclama em tom amável: "Que felicidade hoje! O cão que nos amedrontava com seus latidos não está mais ai, pois acaba de ser devorado por um leão que freqüenta estas redondezas..,"
O desejo do desejo é que não haja empecilho (superego severo) ao seu amor, isto é, ao encontro com seu desejo, seu amante, Porém, mais profundamente, o matar o brâmane é matar ou afugentar os .s internalizados como castradores ue im em o amor. O não- dese.o de matá-Ios acarretaria em ficar frí!!ida ou censurada e, também, acarretava culpa por ter essa fantasia.
É, portanto, o dizer na segunda intenção, o que está atrás do que se diz. Segundo Charon (3) existiria vida pós-mortem, teoria baseada na fisica quântica. Vejamos como se daria esta hipótese. Os antigos sábios indus reincarnaram-se em seus descendentes o que poderia explicar o reviver do - saber antigo e portanto tornaram-se capacitados de escreverem os Vedas e Upanishades (escritos ! sâncritos) similar ao que ocorreu com aqueles que escreveram a biblia.
KAPILA, 700 anos antes de cristo, descrevera o mais velho-sistema filosófico, a Sânquia (classificação perfeita e semelhante a Ioga) com dois princípios: 1) Pakriti (energia primordial); 2) Purisha (princípio espiritual) que, incorporado a Pakriti dá origem às diversas formas de diferenciação, desde o átomo até o homem (a doutrina de Amor e Ódio nos átomos). Seria similar aos instintos de vida e de morte descritos na psicanálise como também, na Física Quântica. Os gregos aceitavam o pensamento sânquia. Pela Ioga de Patanjadi consegue-se o: I) Domínio de si mesmo (Yama); 2) o dever religioso (Niycoma); 3) as posturas (Ascinoy) ; 4) o poder de dirigir o Prana (força vital); 5) governar os sentidos (Pratyhara); 6) domínio da mente (Dharana); 7) meditação (Dhyana); 8) êxtase ou contemplação transcendental (Samadhi) que leva o indivíduo a ficar muito próximo de Deus.
BUDA ou GAUTAMA ou Tathagata ( quer dizer: uso com a verdade) ou príncipe Sidartha, desenvolveu em sua meninice uma tendência para o pensamento filosófico. Seu pai que desejava vê-Io como famoso guerreiro, apressou-se em casá-Io. Toda a doença ou sofrimento não era mostrado a ele, porém quando descobriu a miséria hunana chocou-se, fugiu do palácio e refugiou- se no claustro dos filósofos brâmanes. Ele concluiu que a paz somente viria de dentro. Em baixo da famosa árvore do teve a iluminação transcendental ou Nirvana, Brahman no aspecto de Não- ser, o Nada como origem de tudo, extinção da Avidya (ignorância) e admitindo que o incognoscivel não podia ser compreendido pela mente humana, a não ser no estado de Nirvana. Buda como Jesus são instrutores sem templos e cerimônias. A nosso ver Sidartha, descrito por Hess (86), tinha excessiva inveja do pai viver bem com a mãe, motivo pelo qual, abandonou o lar, mas I jamais encontrou paz na religião. Sidartha tomou-se comerciante, casou-se e teve um filho, para o qual não havia ligação afetiva (sentimento filicida inconsciente decorrente do matriparricidio). Atravessar os passageiros da barca de um local do outro seria, no seu inconsciente reparar a fantasia inconsciente de separar os pais, causadora de tanta culpa.
Desenvolveu-se a idéia da Trindade indú ou AUM sendo as três (Brahman, Vishnu e Shiva) considerados como aspectos dum só ser supremo, muito similar o Santíssima Trindade da igreja católica e que interpretamos como sendo o simbolismo do pai, mãe e filho ou filha sem o quarto elemento, o diabo isto é, a inveja da mãe junto com o pai.(5,b). VISHNU é sempre representado como deidade graciosa e bondosa, porém Shiva ou Parvatí seria o príncipe da discórdia e destruição, similar ao conceito dos instintos de vida e de morte na psicanálise. Muitas das cruéis auto torturas dos aceclas hindus se originaram no desejo de propiciar Shiva, forma refinada de culto do diabo (como fazem os Thugs). Com muitas semelhanças ao culto a Virgem Maria no cristianismo, os indus constituíram uma seita Shaktas, onde adoravam o princípio feminino do universo (mãe universal ou Shakti), com tendências ao culto fálico, ocorrendo o mesmo com o culto Pushti-Marga (caminho do prazer), que degenerou no sexualismo. Os indus consideram Vishnu com diversos avatares (reincamação) e no conceito de Krishna que viveu uns 1.400 anos antes de Cristo, (de cor morena) e foi um dos escritores do livro sagrado Bhagavad-Gita e Mahabharata (30).
Os "milagres" dos faquires indús (simúassis) não são sobrenaturais como parecem a primeira vista, por exemplo: semente de manga crescendo e depois diminuindo, a criança subindo em uma corda, a ,corda transformando-se em cobra, água magnética, etc., seria através do hipnotizar os espectadores (multidão em estado sugestionável pois a c~a~a fotográfic~ não mostra a criança subindo a corda). Essas sugestões são deVIdo ao admiravel desenvolvimento da telepatia, e força mental através do Prana, similar ao Cumberlandismo (adivinhação) (31) (32) principalmente em detenninadas pessoas(no ocidente isso seria difícil). A maioria dos indús é receptiva para receber pensamentos concentrados - chamado "energizado Prana" (31) (32). Alguns casos de levitação são vistos nos indivíduos que atravessam braseiros sem se queimarem.
Existiria a alma? Como seria a vida pós-morte? Há uma ousada hipótese baseada na fisica quântica. Se é somos cremados, os nossos átomos e seus componentes, principalmente os eons persistiriam através dos tempos. Talvez no futuro um aparelho poderá reuni-los e personifica-Ios (ressurreIção) ou mesmo captar uma conversa no passado em determinado espaço e tempo, assim estaria confirmada a ressurreição de Jesus e o Espiritualismo (embora até hoje a materialização e reencarnação não estejam perfeitamente provados, não passando de sugestão telepática e telebulia). (32)
HARA TANZAN, famoso Mestre Zen dos fInS do séculos XIX, estava fazendo uma viagem à pé, em companhia de um monge, e encontrou uma linda jovem que não conseguia atravessar o rio. Ele carregou-a nos braços até a outra margem. Horas depois, o seu amigo monge dissera: "és mesmo um relapso". "Por que?, respondeu Tanzan. - "Não é um descaramento um monge tomar uma jovem nos braços? Tanzan disse, rindo: "Ah! aquela jovem? Na verdade é mesmo um descaramento o fato de tu continuares a abraçá-Ia..." Nós, psicanalistas, podemos entender este conflito, através da identificação projetiva.
Mesmo sem saber, estava interpretando os sentimentos inconscientes não satisfeitos de seu amigo monge, estava portanto, praticando a psicossomática psicanalítica...
l KUKUA (33) foi o primeiro monge japonês a estudar Zen na China. Quando voltou ao Japão, o " Imperador lhe perguntou o que era o Zen; ele fez profunda reverência, tirou das dobras do seu quimono uma flauta, soprou uma nota; guardou o instrumento, fez nova reverência e desapareceu. É possível se tentar uma interpretação psicanalítica para esta atitude; "eu já posso ser homem, já não me sinto impotente diante da autoridade-pai, e não preciso dele...". O mestre IKYYÜ (34) vagueando pelos campos com uma flauta de bambu fOI abordado por um eremita: "Quem és tú?". Ikyyft respondeu - "sou um peregrino que segue para onde sopra o vento".
Tencionando pô-Io em apuros, o eremita perguntou: "e quando o vento não sopra? lkyyfi replicou:
"então sopro eu...". É,determinado momento, interpretar ~ longo silêncio de. um analisando. Espero que todos nós utilIzemos tanto o vento como o própno soprar como SÓI ocorrer com as técnicas da psicanálise e com o guru ou mestre Zen, diante de seus discípulos; é algo similar a uma luta de judô; o mestre (analista) não ataca, ele espera o ataque, deixa o discípulo (analisando) colocar o problema. Quando vem o ataque, o mestre (analista) não se opõe a ele; rola com ele mas o :t' leva a sua própria conclusão, que é a queda da falsa premissa social do problema do discípulo...
SHUGEISHUCm quer dizer reunir todas as disciplinas e artes numa síntese integral e implantar a perfeita sabedoria; na religião, seriam as expressões simbólicas do Sagrado: Budha, Jesus e ; Maomé (os iluminados), Dharma (a lei universal ensinada pelos iluminados) e Sangha (a comunidade ftaternal formada pelos discípulos iluminados) na Medicina, seriam a Psicossomática verdadeira medicina integral, ideal para se sair do SANSARA, o circulo do desespero e da ignorância.
Tal como o psicoterapeuta que necessita de uma análise didática para se libertar, o mesmo acontece com o gurú. Este, quando refere que - "ele está na multidão dos outros" (20) nós interpretamos: é uma forma de identificação projetiva com objetos intemalizados. O que precisamos é aproveitar o "aqui e agora", o exato momento emocional. Precisamos ser "gestálticos" para podermos começar a entender a "coisa em si" kanteana.
Segundo os religiosos orientais, o homem vive simultaneamente em dois mundos: o mundo da realidade, da matéria e da consciência e o mundo dos símbolos seja ele lingüistico, matemático, musical ou ritual. Em psicanálise, o homem vive simultaneamente no mundo da realidade e no mundo das fantasias, sejam elas conscientes ou inconscientes.
Têm-se visto, através das idades, os filósofos mais profundos, os mais eruditos e penetrantes teólogos incidirem no erro de identificarem como fatos suas construções puramente verbais, ou no erro mais atroz ainda, o de imaginarem os símbolos mais reais ainda que as coisas que representam. Esse "endeusamento" da palavra fora desmascarada por Krishnamurti (28) : "a verdade nunca foi pregada por Buda, porque temos de descobri-Ia dentro de nós mesmos". Nem a metalinguística veio auxiliar; o velho hábito de formular credo e de impor a crença em dogmas tem subsistido até entre os ateistas. As religiões declinaram também pela falta de clara compreensão dos símbolos inconscientes e, sobretudo, porque a verdade deve vir de dentro, e não ser intelectualizada; é como a ação psicoterápica: sem "reverie", não haverá boa transferência. O "Eros terapêutico" é dificilmente ensinado porque temos que descobri-lo dentro de nos mesmos. Diz a religião oriental: "o pensamento correto não é produto ou mesmo cultivo do intelecto, nem é, tampouco conforme padrão algum, por mais digno e nobre que seja ele vem com o auto-conhecimento. Se você não se compreende, não terá base para pensar; sem auto-conhecimento, o que pensar não será verdadeiro. O mesmo se passa na arte psicoterápica, ela não é produto ou mero cultivo do intelecto, ela vem com a nossa visão interior e sabedoria.
Pode-se chegar a ser um bom psicoterapeuta, mas não somente à custa dos métodos empregados, inclusive o psicanalítico, mas também necessita-se ter algo mais: a intuicão e o "reverie". Quando se cita a Bíblia, o Bhagavad-Gita ou Confúcio é bem certo que se está repetindo, mas o que se está repetindo não pode ser a verdade: porque quando verdade é repetida ela deix.a de ser verdade. É pelo autconhecimento dos fenômenos Inconscientes,pelas vIvenclas, afastando a memóna, o desejo e o saber (utilIzar-se do não saber), como recomenda Bion (19),que poderemos ter certa verdade naquele exato momento de interpretação; além de tudo, precIsamos ter "ato de fé". As fórmulas e os métodos levam a um "pensar cego", pensamento padronizado, o que pode não ter significado útil em uma psicoterapia. Semelhante ao que prega a religião oriental "o que é preciso fazer, para enfrentar o nosso desafio, é despojar-se completamente, desnudar-se de todos os conhecimentos e experiências, para enfrentar o desafio de maneira nova". Em outras palavras, não se deve usar dogmas e nenhum método. disse ser totalmente padronizado e nenhum sistema deve ser considerado como mais do que um recurso provIsorio. A educaçao que não nos ensina a pensar, mas só o que pensar, é uma educação errada. O próprio Krisbnamurti (28) diz: "não vos estou prescrevendo o que deveis fazer, de momento em momento ou de dia em dia, mas só vos estou mostrando uma coisa, podeis levá-Ia ou deixá-Ia aqui, e isso depende de vós e não de mim".
Na técnica psicanalítica mostra-se o conhecimento e o caminho através da interpretação, mas o paciente não é "obrigado" a seguí-Io. Certos religiosos orientais mostram o perigo se ficarmos presos na armadilha da oração repetitiva (que é uma má estrutura dos neurônios no cérebro reptiliano, caracteristica da neurose ou psicose obsessiva). Torna-se a oração repetitiva um substituto para a busca da verdade; embora, por vezes se durante este tipo de oração, a mente ficar tranqüila, poderá haver uma comunicação nova. Mesmo na Ioga, que é concentração em um só pensamento, que se escolheu por interesse, rejeitando os outros, o que pode criar conflito e atrito; só quando condenamos, comparamos, cotejamos, se insinuam outras idéias.
O endeusamento da palavra fora desmascarado por Krisbnamurti (28). "a verdade nunca foi pregada por Buda, porque temos de descobri-Ia dentro de nós mesmos". O Eros Terapêutico é dificilmente ensinado, porque temos que descobri-lo dentro de nós mesmos. A "realidade criadora" de Krishnamurti (28) só se revela como imanente (no sentido de Malebranche o que permanece dentro do próprio ser) quando a mente do observador estiver em "estado de vigilante passividade" ou de "percebimento sem escolha"; nessas condições pode, então chegar a conciliação dos opostos e a um total amor; se amais podeis fazer o que quizerdes mas se começas por fazer o que quereis ou o que não quereis em obediência a um tradicional sistema de idéias e proibições, nunca chegarás a amar. Essa "realidade criadora" não é um dom. tem que ser descoberta e experimentada, ela pode ser encontrada quando o pensamento se liberta da avidez, da malevolência e da ignorância, só assim consegue-se pensar e meditar corretamente. A mente que alcançou serenidade pela sabedoria conhecerá o ser, saberá o que é amar. Para essa condição julgamos indispensável o conhecimento e as vivências das fantasias inconscientes causadoras do sentimento de culpa, cuja exorcização é imprescindível para a felicidade. A eliminação de culpa é a principal meta da filosofia da vida - é o que mais importa (to timiotaton, de Plotino) (8,a). O pesadelo de um indivíduo, sofrendo repetidamente pobreza, doença e morte por tempo indefinido ou prisão por século, em câmaras de tortura de demônios, termina quando ele se descobre (nele mesmo) que não existe "ninguém" para sofrê-lo. Tal como na psicanálise; não havendo objeto mau internalizado, não haverá - culpa, sem culpa não haverá necessidade de sofrimento.
A doutrina do SUNY ATA ou vazio (20) diz apenas que não existem formas auto-existentes, pois quanto mais nos concentramos em qualquer coisa individual, mais ela mostra envolver todo o universo. A visão final budista do mundo como dhasmadhatu - é o campo das funções relacionadas - base de todo o estruturalismo moderno.
Ao lado da prajna (percepção ou sabedoria intuitiva) e da Kanma (simpatia) existe o aconselhar sem se envolver, similar a técnica psicanalítica.
Já Confúcio contava (27): "viu cair um velho da catarata de Luliang e nada sofreu. Pergunto-lhe:
"você é um espírito? Não, respondeu o velho entrando no redemoinho, saio com o redemoinho. Eu me acomodo à água e não a água a mim. Assim posso tratá-Ia dessa maneira, não me envolvendo, saio vivo". Para se ajudar um paciente não se deve ou não se pode envolver com ele, isto é, para ajudá-Io a sentir a verdade não se pode levá-Io em sua problemática confusa e sim mostrá-Ia, através de parte não psicótica de sua personalidade. Não devemos cair na jogada destrutiva do analisando, sair dela sem se envolver.
Platão parece que no seu "Banquete" (discurso de Aristófanes, parágrafo 189c) (35), sofreu, pelo menos indiretamente, a influência das idéias indús e principalmente as relatadas nos Upanichades (conjunto de textos sânscritos, compostos a partir do século VI antes de Cristo). Essa literatura védica, transmitida de mestre a discípulos, confere o caráter especulativo de uma meditação sobre a interioridade e sua relação com o todo - Brahman). Na Brihad - Aranyaka - Upanishades diz: "No inicio, era o Atman on Si (Soi), princípio anônimo e solitário que, não sentindo prazer, foi tomado pelo desejo de ter wn segundo e dividiu o seu ego em duas partes, daí nasceram esposo e esposa". A unidade primitiva é aqui muito mais radical que em Platão, tendo, portanto, por fundamento a introdução de wn modelo tomado por empréstimo do fundo oriental.
A psicanálise atual aproveita esses ensinamentos para lançar as hipóteses do Ândrus, gynus e andrógynus para a compreensão do transexualismo e de certas formas de transvestismo e homossexualismo (5 b, c).
Por outro lado, Schopenhauer (36) apresenta toda a sua filosofia como a perpetuação da sabedoria hindú. No prefácio da l' edição do seu livro "0 mundo como vontade e como representação" apresenta o beneficio do conhecimento dos Vedas, livro cujo acesso nos foi revelado pelo Upanidhades. Schopenhauer cita o "divino Platão' e como os seus pensamentos têm algo de emprestado das antigas doutrinas dos velhos povos, indús e egípcios.
A distinção do fenômeno e da "coisa em si" é que Kant (24) perpetuou a tradição indú: o Mundo como representação prepara o Mundo como vontade, completando-a, assim como Platão também, desenvolveu em sua "Caverna" (35), tendo como base os ensinamentos dos Vedas e dos Puranas: a doutrina Maya, que faz do mundo sensível a ilusão de que se deve levantar o véu para se atingir o I núcleo autêntico das coisas. É a mesma verdade, expressa de uma forma diferente. "O Banquete" 1 platônico é também um diálogo fortemente orientalizado. Parece que Freud tinha fascínio pelo Upanichades e que Schopenhauer considerava-{)s como fiuto da mais alta ciência e elevada sabedoria humana, o ev811gelho regenerador do Ocidente Cristão.
O arroz está branco, mas devemos lutar para que ele seja ainda mais branco e chegaremos pelo Dó (CaIninho) ao Satori (conhecimento e esclarecimento ou visão interior ou insight.
Não há pois contradição entre a psicanálise filosófica e as diversas religiões; elas se completam; é só saber se comunicar, sem endeusar as palavras, sem arrogância, sem soberba e sem cabotinismo.
Quando a verdade é repetida ela deixa de ser verdade.
A mente do observador deve estar em estado de vigilante passividade.
"O que é preciso fazer para enfrentar o nosso desafio, é despojar-se completamente, desnudar-se de todos os conhecimentos e experiências, para enfrentar o desafio de maneira nova". Em outras palavras, não se deve usar dogmas e nenhum método deve ser totalmente padronizado.
A resistência ao processo analítico (K-O bioniano) é decorrente de que a verdade sobre si mesmo (chegar a ser O) conduziria à mudança catastrófica (ser vazio ou estar ausente e indiferente).(19)
O trabalho do analiSta diante de um paciente com Doenca do Neutro é diferente. Estamos com Lopez- Penalver (37) quando diz que, se o analista não se encontra em eStado de atenção flutuante, pois não havendo associações livres, não haverá um reprimido. Não é questão de conflito, senão de futura.
Peter Giovachini, (apud Lopez-Penalver) (37), escreve que quando o analista é capaz de aceitar o vazio sem buscar enchê-Io, poderá alcançar o que está ausente no paciente. A poesia chinesa é explícita:
"Um dia um velho sábio chinês perdeu suas pérolas.
Mandou, pois, os seus olhos buscá-Ias
mas os seus olhos não as encontraram.
Mandou, então, os seus ouvidos procurá-Ias,
mas os ouvidos tampouco as encontraram.
mandou, também, as suas mãos, tudo em vão.
Assim, mandou todos os seus sentidos na
busca, porém nenhum deles as encontrou.
Finalmente, mandou o não buscar buscar as pérolas.
Assim, o seu não buscar encontrou as pérolas ".
O analista precisa ouvir com os olhos. O grupo fala longamente em abandonar a terapia, quando quer dizer justamente o contrário - é a inversão da activa. Bentivegna (38,a) refere: quando o analista pratica o DISA, isto é, o devaneio interpretativo silencioso, o paciente ou o grupo percebe e se acalma, ficando mais articulado. Todavia o silêncio do analista pode ser com ou sem DISA. Quando as identificações projetivas e as angústias dos pacientes invadem o analista, este precisa ter reverie, isto é, capacidade de ser continente dessas invasões, de acolhê-Ias sem se envolver emocionalmente. Esse devaneio deve ser aplicado somente àquele conteúdo que se combine com amor ou com ódio: é um estado da mente do analista, para que ele possa receber quaisquer objetos do objeto amado (analisando), é o fator alfa da mãe e significa que o analista está aberto.
Bentivegna (38,a) dá um exemplo de sessão grupal na qual todos os membros ignoravam o analista por longo tempo, e este, sentindo-se desenturmado", só e perdido, apenas disse: "Eu agora sei o que é ficar só, 'desenturmado, perdido". O grupo tentava controlá-lo, testá-lo e estava "evacuando" nele com a fmalidade de destruí-Io- ele teve reverie e acolheu as identificações projetivas, evitando a dissolução grupal.
A capacidade intuitiva e treinada do analista é transformada para efetuar a justaposição com aquilo que está acontecendo na análise. Para isso, é fundamental o preparo de suas condições emocionais, e não somente os conhecimentos te6ricos.
Helen Deutsch (39) observou que seu paciente referiu a desatenção da analista, durante análise. Ela reconheceu como forma de manifestação telepática.
Hollos (40) observou cerca de 560 exemplos de comunicação telepática, durante 12 anos de prática analítica.
Gillespie (41) cita: "Na noite anterior, havia assistido à peça Now Barrabás, de W.D. Home, e no dia seguinte, uma sua analisanda sonhou que estava sendo perseguida por wn criminoso e que viu a foto de uma criança dizendo: "Esse não é Douglas Home, é uma criança". A paciente não sabia quem era D. Home, e o analista, que se impressionara com a peça, interpretou da seguinte maneira: "Não é D. Home que deveria interessar-lhe, e sim minha pessoa". Chopra (23,b), cita "uma mulher que detestava cerveja e depois do transplante do coração de um homem que apreciava esta bebida, passou a ter necessidade de utilizá-Ia. Receber as células de outra pessoa é receber também as suas lembranças".
Balint (42) refere que fenômenos telepáticos podem ocorrer, durante a análise. Quando o terapeuta mantém uma fachada de "hipocrisia profissional" e concebe sua ambivalência, certos pacientes "talentosos" e em desespero são capazes de obter manifestações telepáticas, "chocando" até mesmo o analista.
Quando Gillespie (41) apresentou seu trabalho na Sociedade Britânica, cerca de 30 analistas haviam tido experiências parapsicológicas sugestivas. Concluiu então, que, se não fosse a ortodoxia científica, teríamos maiores informes a respeito.
Maria Langer (43) cita o caso de paciente que, no dia anterior, à tarde, havia pensado que o relacionamento analítico equiparava-se ao de dois gorilas em uma jaula; exatamente àquela hora, dois gorilas haviam fugido de um circo refugiaram-se na residência da analista, causando-lhe grande susto.
Os grandes homens precisam ter a mente desapegada de algo, por isso que em certo momento deve "pensar no vazio", ou como diz KOKUSHI (44): "Se desejardes ouvir a estrondosa voz do Darrnauulibido ou essência do Universo), esgotai vossas palavras, esvaziai vossos pensamentos, só então podeis reconhecer essa Essência Una" (a "coisa em si" Kanteana).
Qualquer individuo poderia ser psicanalista ou músico, e muitos o são; todavia, poucos deles atingem a qualidade de grandes intérpretes. Na música as pausas, os pianissimos, os fortissimos, embora estabelecidos por urna partItura, são dosados, abrandados, fortalecidos ou burilados, com maior ou menor eficácia, pelo intérprete, que devolve como resultado urna interpretação individualizada (única, inimitável e intransferivel) porque só a ele inerente.
Esse algo mais seria intuição, bondade, reverie, captação do momento oportuno (timing), sensibilidade em relação ao material fornecido pelo grupo. Esse algo mais seria o chamado dom, qualidade inata que, aliada a outras, adquiridas culturalmente, formaria o complexo "algo mais" que confere ao terapeuta de grupo a possibilidade de sintonia total e irrestrita com seu grupo.
"Paciente retoma a falar do conflito amoroso. O analista (38) lhe pergunta: "Por acaso esse namorado se chama Toninho?" . Ela teve um sobressalto no divã e exclamou: "seu bruxo!". O analista lembra somente dela ter falado; Tô isso, tô aquilo, qual seria o seu caminho, ter tomado VINHO e não constituir um NINHO etc. Aliterações".
Outra vez uma paciente ganhou um anel valioso da avó, mas como não tivesse gostado da conduta matrimonial da avó durante a vida, não o usava, por medo de ser "contaminada", prevaricar tal como a avó!
O analista vai além do músico. Este poderá cantar para você, mas não lhe poderá fornecer um ouvido que capte a melodia. Todavia deverá "preparar" o ouvido do analisando. Psicoterapia analítica de grupo e grupanálise são, pois, arte e técnica.
Interpretação psicanalítica situa-se tão próximo quanto possível do discurso poético". Aquilo que se obtém aparentemente, quando menos se espera, através de uma interpretação, é produto de muito sofrimento e muito sacrlflcio anterior - o botão que desabrocha esplendoroso na primavera formou-se no inverno. com muita dificuldade. É um erro o analista interpretar tão logo descubra o significado inconsciente: precisa agüentar-se e esperar o momento (!!ming) em que o paciente ou o grupo, esteja apto a receber a interpretação. O oráculo que disse: "Você morrerá após seu irmão", pode causar no individuo um estado depressivo por representar mensagem bruxa; "Você sobreviverá a seu irmão", causará sensação inversa, isto é, euforia.
Virginia Bicudo (45), diz que o espaço das sessões analíticas possibilitam o ritmo de associação de idéias e corresponde li possibilidade de restauração da experiência de nascimento. Quanto mais próximas as sessões mais oportunidade para transformação da angústia de nascimento. A energia psíquica (útil) aquece o vínculo analítico, similar ao princípio da fisica quântica, a lei da entropia - retirada do calor do corpo mais quente pelo menos quente, através do movimento da Transferência Positiva. Portanto, o ritmo de intervalo entre as sessões analíticas deve ser considerado à luz da lei entrópica. Deve ser corrigido pelo modo correspondente à correção dos e relógios verificados em desencontro no espaço - pois os movimentos da energia psíquica entre - atração e repulsão são movimentos constantes entre partículas atômicas.
Não há crescimento na terapêutica psicanalítica sem dor mental- todos nos sofremos para crescer, tal como o adolescente, com as suas "dores nos ossos".
O paciente sofrerá, poderá até entrar em caos., porém o analista deverá saber transformar o caos em entropia. Neste século acentuou-se mais a faceta camuniana - século do medo assim como a anomia durkeiniana ...
Gleick (46) (47)escreve: "O caos rompe as fronteiras - que separam as disciplinas científicas. Por ser uma ciência de natureza global dos sistemas, reuniu pensadores de campos que estavam muito separados. Há quinze anos, a ciência encaminhava para uma crise de especialização crescente, dramaticamente, esta tendência para a especialização foi revertida em virtude do caos. O caos suscita problemas que desafiam os modos dos trabalhos aceitos nas ciências. Vale-se, com muita ênfase, do comportamento universal da complexidade. A Relatividade eliminou a ilusão Newtoniana sobre o espaço e o tempo absolutos. A teoria quântica eliminou os sonhos Newtoniano de um processo de mensuração controlável.
O caos eliminou a fantasia lacaneana da previsibilidade detenninista. A revolução do caos aplica-se ao universo que vemos e tocamos, aos conflitos da escala humana. A experiência cotidiana e os quadros reais do mundo, tornaram-se alvos legítimos da indagação.
Luta-se por uma nova vida e isto abre os canais da criatividade No mito, todos aqueles que foram em busca do conhecimento, sofreram ou morreram pelos Deuses. agora é buscar o conhecimento das fantasias inconscientes, solucioná-Ias e somente assim chegar-se-ia ao Domo Noumenon, sem Hybris (orgulho e arrogância), sem ter pecado sexual e culpa da fantasia de assassinar os pais. Não mais expulso do Paraiso vivendo em uma existência boa e nobre ...
Se os psicossomatistas utilizarem esses conhecimentos poderão melhorar muito a relação de médico- paciente-família, principalmente durante uma psicoterapia ou na prescrição de medicamentos.
O mundo de hoje está dominado pelo Tanatismo, tornou-se psicótico devido aos conflitos emocionais culturais e originados na inf'ancia, (guerra entre palestinos e judeus, católicos e protestantes em Belfast, "guerra santa" no islamismo, genocídeo na Africa, etc.) Os cientistas de hoje sabem como evitar o fim catastrófico da humanidade, através de yárias maneiras: equilíbrio econômico e a educação dos pais, antes mesmo do casamento, para que os filhos da 3 geração não tenham desenvolvido tanto o instinto de morte; Talvez um novo líder espiritual com extraordinária força energética e carismática pudesse influenciar toda a humanidade, orientando-a 1 dominado pela maldição da Deusa babilônia do caos - Tiamat para o lado libidico e construtiv~. Contudo, enqto isso, dems continuar, como psicossomatistas, a melhor 1 entender e ajudar o Domo Mythlcus a não se utIlizar da energIa atonlca nefasta.
" A luz das estrelas que se extinguiram há milênios ainda nos alcança. O mesmo ocorre com os grandes homens que morreram há séculos: as radiações de suas personalidades ainda nos atingem". (48)
A psicossomática deve, além do conhecimento sobre o orgânico, sobre as estruturas, sobre o funcional, ter de saber ainda do mundo inconsciente e de sua lógica paleológica, para assim poder "tirar a máscara'" do paciente, pois ambos têm que ser entendidos (ato de esperança), têm que ser acreditados (ato de fé).Ambos não devem ser aceitos como verdade pura, para não estagnarem e assim ambos, paciente e psicossomatista terão oportunidade de novos crescimentos, porém sem ter a pretensão de chegar ao Domo Noumenon, atingindo simplesmente, o Domo Erogenus ou Dionisíaco (eternamente criar a si próprio).
Deve o psicossomatista utilizar-se, também, do conhecimento transmitido do inconsciente para o inconsciente como, também, ter intuição, reverie, Eros Terapêutico (descobri-lo dentro de si mesmo), para auxiliar com mais eficácia o ser humano.
A Teoria da relatividade eliminou a ilusão nemoniana sobre o espaço e o tempo absolutos. A Teoria Quântica eliminou os sonhos nemoniano de um processo de mensuração controlável. O caos eliminou a fantasia lacaneana da previsibilidade determinista. Luta-se por uma nova vida e isto abre os canais da criatividade para se buscar, através das fantasias inconscientes corrigidas, a existência Aretê (força e valor), sem Dybris (orgulho e arrogância), sem culpa da fantasia inconsciente de assassinar os pais, para não ser mais "expulso do paraíso" e ter uma existência boa e nobre ... Finalizo, almejando para o próximo milênio, que muitos médicos consigam o "ESTADO DE FÉ", que seja uma produção libídica perfeita, com um equilIíbrio hormonal normal.
A perspectiva psicossomática não subverte mais o sujeito, ela busca recentrá-lo em seu núcleo, isto é, no "homem total", amadurecido. A psicossomática é boa demais para ser reservada somente aos doentes, ela deve valorizar a arte de viver!
Ele deve esquivar-se do saber, para consagrar se no domínio da sabedoria. O materialismo e a anomia Durkeiniana imperam porque a religião entrou parcialmente em eclipse. Se pudessemos aplicar ao povo, os conhecimentos atuais da psicossomática, o futuro da humanidade seria promissor, pois evitando os traumas nos períodos de molde, evitar-se-ia a catástrofe da bomba atômica e, então poderíamos até pensar em atingir o Domo Noumenou.
Objetivo: A finalidade desta comunicação é analisar o problema da fé durante a psicoterapia. Métodos: Utilizamos as técnicas de psicoterapia analítica (psicanálise, psicoterapia analítica e grupanálise (Miller Paiva).
Resultados e Comentários sobre as implicações cünicas: O autor descreve, primeiramente, o conceito de fé, da falsa fé e ausência de fé (agnostismo) tanto na psicoterapia como nas religiões. Difere da do ato de fé (Bion) e da meditação profunda Zenbudista (Chopa). Cita sua observação durante a reunião que teve cQm os monges de Kioto e de Bancok.
O "ato ou estado de fé" poderá ser transmitido por ondas eletromagnéticas de inconsciente pIra inconsciente, motivo pelo qual, aborda os novos conhecimentos da física quântica, do fenômeno do Koan, as transmissões pelo DNA, elétrons, Mésons, hadrions, pósitron, anti-prótons, eons, etc., e através do estudo do Domo Mythicus (produto das fantasias inconscientes) e da física neo-gnóstica (Charon).
A troca entre elétrons "espirituais" tenta explicar o conceito de estidade, o dos fenômenos telepáti,cos e 8 o da imortalidade da alma (luz numênica).
~ A noção cartesiana-newtoniana do mundo torna-se obsoleta. A física moderna nos leva a uma visão do mundo bastante similar às visões adotadas pelos místicos de todas as épocas (vedas, Upanishades, I Ching, Sofras budistas, AI Farahi, Saro, princípio da incerteza de Heisenberg, de Geofrey Chew, de Krishnamurti, Benti\;egna, Taoismo, etc.).
O autor cita exemplos do bom ou mau pensamentos e a tomografia computadorizada e ressonâ~cia magnética. Aborda os conceitos de sincronicidade de Jung, o "olhar desperto, amor segundo Krishnamurti, os elementos beta (Bion), a Sanquia (Pakriti e Purisha), Aum (trindade indú), o Faquirismo, a impo~a do cérebro reptiliano, meditação sobre interioridade, o "vazio existencial", e Tanatismo".
Finalmente, conclui que a falsa fé, a passional e a tenebrosa, é que levam a increbilidade, sempre prejudicando, ao passo que a fé pragmática, doutrina e moral (Scot, Eckbard), terá o seu valor durante a psicoterapia, contudo é o estado de fé (theástai) obtido pela meditação profunda que modificaria o organismo quanto aos hormônios, ezimas, cininas, etc., propiciando curas de inúmeras doenças, inclusive do câncer (Ikeme, Shopa), principalmente pelo processo "Eros terapêutico" que é dificilmente ensinado, porque temos que descobri-lo dentro de nós mesmos, advindo a intuição e reverie, evitando-se assim a Doença do Neutro e outras , enferdes.
A psicossomática é boa demais para ser reservada somente aos doentes; ela deve, também, valorizar a arte de viver, pois ela deve abordar a cognição como também as fantasias inconscientes (paralógicas) e assim se pode "tirar a máscara" do paciente sem fé para e ele ser entendido (ato de esperança) e ser acreditado (_to de fé).
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