Há cinco mil anos a mulher tem sido pisotiada pelo homem.
Livros: 1) “Um eunuco no reino de Deus” de Uta Rank Heinemann Edit.Rio Rosa dos tempos 2) “Lilith a lua negra” Roberto Secuteri Trad. T.Gordo Edit. Paz e Terra.
Filon de Alexandria (3) teve uma intuição sobre Adão achando-o bifronte ou hermafrodita com uma estrutura que evoca os “irmãos siameses”. Theodor Reik,(4) observa a androginia de Adão: é o semblante simbólico de Deus. Em Enkidu ou Gilgamesh ou Heracles(12) foi projetada, pelos babilônicos, a imagem do primeiro Adão. Adão-Enkidu se afastou das práticas sexuais indiferenciadas quando conseguiu reconhecer a mulher.Alias, os indús reconhecem a bisexualidade dos Deuses.
Adão acentua o caráter de identificação com o divino expresso pela androginia e supera a sexualidade animal. (5),(6),(7).
Não seria a necessidade genital e sim mais completa e altruística, o verdadeiro amor (entranhamento sincrônico).
Lenda de Lilith, primeira companheira de Adão, (1) (2) foi perdida ou removida durante a época de transposição da versão jeovística para aquela sacerdotal, que logo após sofre as modificações dos “Pais da Igreja.”
Grandes testemunhos depositários da Torah (o Ensinamento) e dos Midrash (a Procura) contidos na Misnach ( Coleção de Códigos) não certamente dos Rabis iluminados pelo carisma e pela fé, mas são também os testemunhos de lendas (no colégio dos padres nada aprendi sobre Jesus dos seus 15 aos seus 30 anos de idade), mitos, sagas, alegorias e usos folclóricos populares, que os Rabis usavam como reflexão viva baseada em analogias para estabelecer a verdade hermenêutica sobre as origens do mundo, das religiões e do Homem. Os textos hebraicos, sumérios e acadianos têm uma chave e um dissuasor que previlegiamos: neles há mais sonho, há o contar, há o vivido, há o imaginado “A primeira companheira foi Lilith, cheia de sangue e saliva. Coito durante o ciclo menstrual, vigora como tabú ainda em nossos dias!...
Quer se trate de Lilith ou de Eva, é todavia sempre uma tragédia de Eros e sexo que costuma aparecer no Gêneses. Mas há aquela passagem do Beresit-Rabba (6) onde se fala de uma outra mulher, aquela cheia de saliva e sangue, que perturbou Adão. O conhecimento carnal é censurado e removido explicando pela inveja inata, o canibalismo entre pai e mãe.(7) É a primeira vez que a relação sexual é sentida como tal. Não havia culpa por causa do desenvolvimento insuficiente do lobo pré frontal e conexão dendríticas do cérebro do hominidae.
O amor de Adão por Lilith foi logo perturbado; não havia paz entre eles porque quando eles se uniam na carne, evidentemente na posição mais natural a mulher por baixo e o homem por cima Lilith mostrava impaciência. Assim perguntava a Adão:
“ Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por você? Sou tua igual”.
Por que nos funerais as mulheres vão sempre na frente do morto? Porque trouxeram a morte ao mundo, elas precedem o féretro? Os pés, de Lilith eram horrendos e poderosos como garras de abutre. Ernst Jones, que diz textualmente: (8)
Como os Íncubos sugam os fluídos vitais, levando a vítima à consução, também os vampiros, freqüentemente, pousam sobre o peito da vítima, sufocando- a . A Lilith hebraíca , que Iohannes Wejer chamou princesa dos Súcubos, descendia da babilônica Lilitu, conhecido vampiro.
O nome Lilitu deriva de “lulti”, que significa lascívia.
O demônio é metade mulher e metade serpente, na parte superior. Como na Esfinge, metade animal.
No livro dos Mortos do Antigo Egito encontramos encantamentos e esconjuros em forma de hinos que serviam para afastar os espíritos de cabeça de crocodilo,muito maléficos e destrutivo; crocodilo símbolo de vagina dentada.
Há amor e ódio aos deuses, similar ao nascimento humano no qual há amor e ódio aos pais. Os indianos amam (veneram e destroem) as Deusas Hécate (9) como uma ousada figura tríplice que, auxiliada por cães infernais, ao mesmo tempo ataca e defende, com seus três pares de braços.
Hecate com cobra nos cabelos seria símbolo de agressividade, cujo tri-céfalo seria antagônica à trindade.As Lâmias submetem o homem, que fica embaixo, enquanto o demônio o cavalga.
Lâmia se agachava com a vagina sobre o membro ereto do homem; noutro sentido, esmagava-o com os joelhos apoiados sobre o tórax, oprimindo-o no sono com excitações oníricas e poluição, com a violência da Mormolyceia. (apud Secuteri) (1)
Équidna. Ela nasceu da Terra e é irmã das Górgonas ou Medusa. Seu nome pode significar “víbora”. Équidna: metade dela se assemelha a uma graciosa e jovem virgem, e metade a serpente terrível e enorme. Por isso, será o protótipo mais marcante da Bruxa medieval, ligada ao dragão. A palavra original “ a amazona” significa “ sem seio”.
Aportar na ilha de Circe em Ulisses significa conhecer toda a dimensão do próprio instinto (os homens transformados em porcos), o centro do tema, a ilha; é separada da terra firme e, portanto,é um símbolo de qualquer coisa completamente separada da vida consciente. (12)
A Perséfone helênica se torna, no culto romano, a temida e tenebrosa Prosérpina, rainha e guia dos infernos cuja fruta romã, significaria amor destruidor.
A divina Ártemis, que caracteriza os traços amazônicos, será em Roma, a Diana caçadora acompanhada de Marte, o deus belicoso e agressivo refere a uma famosa bruxa, Canídia, e reencontramos, inteiramente, a imagem demoníaca semelhante a Górgona ou Medusa.
Medeia, sacerdotista de Hécate, a trágica amante de Jasão que punirá, vingativa, o amado, matando-lhe os filhos, ela, que na tragédia de Eurípedes será constrangida a dizer: “de todos os seres do mundo que têm alma e espírito, nós mulheres somos as criaturas mais infelizes”.
A Medeia de Eurípedes representa a mulher que vive inteiramente tensa pela relação à própria liberação do jugo patriarcal e das leis impostas pelo homem. Medeia, como Lilith, primeiro triunfa e depois entra em contenda com o homem que a rejeita e a exclui.
Nas páginas do Malleus Maleficarum (10) sentimos vibrar todas as angústias possíveis, como se o homem devesse verdadeiramente combater os terríveis fantasmas, sofrendo abertamente o terror do insucesso no coito: daí o orgasmo precoce ou impotência.
O Sabá prossegue na incessante busca do prazer. O evento central, o rito absoluto do Eros é a Missa Negra com a mais bela bruxa, eleita rainha do Sabá, que contém a Hóstia Amaldiçoada, preparada sobre as nádegas de uma bruxa, amassando-se uma mistura repugnante de fezes, sangue menstrual, urina, saliva e vários refugos; é a confarreatio, o alimento do amor infame. Depois se eleva um coro de injuriosas blasfêmias, missa de protesto contra a religião, Deus e Cristo. (11)
Na caça às bruxas,é a caça a mãe simbolicamente má e que, para dizer a verdade, é encontrado mais nos perseguidores do que nas perseguidas... As orgias, as perversidades e a obscenidade da bruxa, reais ou imaginárias, eram discutidas nos mínimos detalhes.. Na psicanálise freudiana, na psicologia profunda junguiana, assim como na filosofia liberta de estreitos limites, e também na arte, onde Surrealismo e Dadaísmo dão passagem livre ao inconsciente, Lilith retorna ainda mais evidentemente como mito e simbologia na pesquisa.
Lilith é analisada como significado arquetípico da alma dividida, reconduzida internamente ao mais originário arquétipo da Grande Mãe bivalente, que reflete a repressão parcial dos instintos e a censura das pulsões sexuais.
Começa-se a considerar toda a mitologia do feminino como testemunha de uma incansável luta que o homem trava contra o instintivo.Lá Lilith, aqui Maria.
São realidades vivas do ser humano, que existem como realidade psíquica é consentido viver até a experiência patológica como meio para retornar, finalmente, aquela parte de nós entregue ao esquecimento, a que não ousamos reconhecer a não ser no sonho e pesadelo. (8)
“A bruxa só existe enquanto existe alguém que acredita firmemente nos efeitos de sua ação”.
Santa Teresa (13) nos deixou, com certeza, sua experiência do inferno como manifestação alucinatória do instintual: ressentimento da intensa culpa de um verdadeiro ataque de angústia. As dores do corpo eram insuportáveis.O suíço Fussli pintou, O incubo, de 1782 . Nele o artista retratou uma jovem mulher adormecida, emborcada no leito em uma posição determinada pela intuível angústia; descomposta e percorrida por evidente energia negativa que a mantém sufocada.
Do fundo da cena, no escuro quadro fora do cortinado, irrompe a horrível figura de um cavalo enfurecido, força primitiva.
A morte amorosa, Gautier (14) apresenta na figura de Clarimonde a ampliação da mulher perversa e demoníaca emprestada da clássica imagem medieval, que arremessa o homem em uma angustiada confusão. Também em Baudelaire há a exaltação do eterno feminino ambivalente e terrível. (15)
Fausto goetheano (16) que nos deu a mais importante simbolização da bruxaria.
George Sand (17) já usando o nome masculino e calças compridas era verdadeiramente uma figura cruel e pouco suportada. Mas nela a mulher defendia a oposição ao poder exagerado do masculino, simplesmente assumindo o numa identificação projetiva.
Levítico 15,19-24, que Deus define a mulher menstruada como impura durante sete dias;Tomás de Aquino (18) e Duns Scott, (19) proibiam o coito com mulheres menstruadas como pecado mortal em decorrência do mal causado aos filhos.
O sangue é produto da fantasia destrutiva de castração.
A idéia da santa comunhão para mulheres menstruadas foi quase sempre proibida durante a Idade Média.O hímen de Maria ficara preservado durante o nascimento de Jesus!...
Adotaram a circuncisão para se distinguirem dos demais povos através dessa diferença.Puro narcisismo, ao contrário,pune-se pelo sentimento de castração.
Abrãao, (20) pelo relato bíblico e pela lenda (agadá ou haggadah), parecia ser impotente com Sara (por casamento endogênico com manutenção da problemática edipiana), embora não o fosse com a escrava, o que pôs fim ao processo de se tornar independente. Para Abraão matar o filho significaria também obedecer e curvar-se diante da vontade do próprio pai; daí matar o carneiro, com chifre, no lugar de seu filho Isaac. Até hoje na religião Judaica, no dia do Yom Kippur ( dia do Perdão), toca-se o shofar (trombeta feita de chifre de carneiro), o que representa o lamento, o arrependimento do povo por ter tido fantasias inconscientes de assassinato do pai e do filho. Com o decorrer dos tempos o holocausto do carneiro transladou-se para uma parte do corpo humano, com a circuncisão do prepúcio (simbolicamente um ato de sacrificar o filho por método suave e deslocado para um órgão; ato de castração para que o filho não rivalize com o pai e, ao mesmo tempo para que obedeça ao pai, revivendo a morte daquele indivíduo que quis matar o próprio pai). Não somente os judeus, mas também certas tribos africanas praticam a circuncisão.
Oscar Wilde refere essa condição em lindo verso: (21)
“ E que não haja ninguém que ignore:
Todos os homens matam o que mais amam,
Com a mirada de ódio matam uns,
Outros com frases enganosas matam,
O covarde o faz com um beijo
Masturbação em exceso encontra-se no esquizofrênico, que, não tendo satisfação no meio ambiente procura-o em si mesmo.
Na indiciação pública da culpa (inspirada por Robespierre),(22) afirma-se que, além de trair o país, a rainha era culpada do seguinte: “ A viúva Capet (= Maria Antonieta), imoral sob todos os pontos de vista, é tão perversa e está tão familiarizada com todos os vícios que, esquecendo-se de sua condição de mãe e com isso os limites prescritos pela natureza, ousa entregar-se a obscenidades com Louis Charles Capet, seu filho (vejam até aonde chega a inveja e a ruindade).
Lehman (23) cancelou a Drª Heinemann (1) por escrever as verdades . A concepção virginal não foi biologicamente mas sim aceita teologicamente.É aceita a falsa teoria que o sol, girava em torno da terra, como é a falsa teoria da concepção virginal.
Nossa Srª Maria espécie de mulher alemã primitiva. Houve uma “fobia católica” diante do desperdício do semem! A Maria e o Nazismo de (pureza racial) ficaram unidas para se evitar o nascimento de “doentes hereditários”;acreditavam os fanáticos nazistas católicos...
“Sartre em “Les Jeux Saint Faits”. (24) cita os conflitos inconscientes como imutáveis George Santayana em “Last puritan .” (25) “Mario você mamou na sua mãe? Não, respondeu; eu mamei em minha mãe, eu sei amar uma mulher!
A Mulher se destrói pela inveja do pênis orgasmo e morte infelicidade conjugal e também pela vagina dentata. Cujo exemplo é durante a masturbação do marido e no momento da introdução do pênis ela corta o orgasmo; Eis, o poder imenso da fantasia inconsciente.
Prof.Dr. Moebius: (26) escreveu um livro: “A imbecilidade psicológica da mulher”. Veja só!
1848 Mary Wallstonecraft (31) Suffragettas ( lutam pelo direito de votar).
“Fighi Maschio” herança por serem eles homens, os previlegiados e a mulher não recebe a herança e sim aparece um vitiligio ou outras somatizações. Judeu reza: agradeço à Deus de não ter nascido mulher... Shaupenhauer (27) mãe era prostituta e matrimonio desgraçado.
Otto Weininger (28) homossexual por ter tido agressividade da mulher judia. Todos eles foram revoltados com a mulher que simbolizava a própria mãe má.
Margaret Mead (29) na mulher da tribo mundugumor há suicídio e mortalidade elevada no parto, é mulher guerrilheira, pratica o aborto, orgasmo é clitorídeo e agressiva; ao passo que as ARAPESH eram calmas, tranqüilas, não abortavam, não se suicidavam, não eram guerrilheiras e não eram frigidas. Na Índia, se a mulher deixar sapato na porta de casa é sinal que trocou de marido...Machismo é prejudicial? No dia de hoje, ainda é e muito.Pseudofrigidez 69% das mulheres.Caso de N.York apresentado no Congresso de Psicanálise de agenesia vaginal; vivia bem com o seu marido. O homem tem orgasmo em minutos e a mulher leva 15 minutos para atingir o orgasmo. Ficando insatisfeita no sexo, piora os conflitos conjugais.O lesbianismo, é em geral, falta de afeto, reverie e afago da mãe na infância. Por outro lado, no homem a testosterona, vasopressina e oxitocina estão aumentadas na sexualidade destrutiva.Por isso somos a favor da castração ou prescrever hormônios anti - testerona depot nos pedofílicos, estrupadores e criminosos, delinqüentes, embora a nossa Constituição Federal ainda proíba tal ato, infelismente.Não confundir genitalidade com amor! Benedeck e Rubenstein (30) pelo esfregaço vaginal verificou que a mulher varia muito de humor no período pré-menstrual.Nós verificamos que o cortisol e a vasopressina estão aumentados neste período.
Hansel e Gretel abandonam o filho na floresta, portanto sentimento filicida. Este sentimento é encontrado os casos dos jovens que tem medo de casar porque seus pais foram infelizes na vida conjugal.
Goethe (16) e os bibelos jogados fora quando a irmã nasceu por provável ciúme dela.Palavras da esquizofrenica de Haynard e Taylor“ (32) é um sofrimento ver um seio oferecido com amor e ao saber que ao se aproximar dele só nos resta odiá-lo, como odiamos o da nossa mãe. Tenta-se chegar ao seio e tenta-se morrer, uma terceira parcela de si. Tenta não “sucumbir”. É comum o homem dividir a mulher em 2 partes:
É a libido ou ímpeto, segundo os gregos, em direção a formas mais Mulher esquizóide tenta agredir o esposo para ver se não será rejeitada. Se ele for bom e forte, ela o aceitaria.
Caso de Siegfried ou Sigurd canto do Nibelungos (33) Rei Gunther pediu ao Siegfred antes de casar com Cremilda, ou Kreimhild para substituí-lo. Ele teria que vencer 3 provas de força para então casar com Brunilda.Sigfried venceu (na obscuridade). A mulher de Siegfrid vinga a sua morte, mandada por Cremilda. Brunilda (mulher macho) deflorada por Siegfried perdeu suas forças. Fato similar do filme de James Bond com a masculinizada astronauta.
Amor maduro:é sem agessão, sem humilhação e sem inveja do pênis e, sim,é cuidadoso, bondoso, respeitoso e fiel.Sacrifícios mútuos!
Ressonância magnética no lobo temporal mostra alteração na amídala que reconhece o significado emocional dos acontecimentos do mundo exterior através de se comunicar com todo o cérebro. Ela, a ressonância, mostra também, se a pessoa está mentindo.
Menopausa hipotálamo feminino e masculino anatomicamente são diferentes.
Nascimento com medo e o medo da defloração são mais fantasias de culpa do que realidade. Dick Read, de (personalidade marcante que impunha confiança me faz lembrar o prof. do Paraguai que disse “ se eu fosse mulher só teria parto com o “Dick Read”. Caldeiro Barcia,( fez a dosagem da epinefrina para distinguir mulher histérica com espasmo de colo, da mulher normal.Os índios Mo have, descrito por G. Devereux, após menopausa, casam novamente.
“Sócrates casou com Xantippe, a má, porque, sobrejujando-a, ficava sabendo que era capaz de tratar com homens”. (35)
Segundo a mitologia hindú, o deus Twashira assim teria criado a mulher: (23)
“Tomou a leveza da fôlha, a graça da corça, a alegria do sol, as lágrimas da bruma, a inconstância do vento, a timidez da lebre, a dureza do diamante, a doçura do mel, o calor do fogo, o frio do gelo, tomou de cada coisa um pouco, misturou e... criou a mulher”.
Uns amam para sofrer, outros amam para gozar.De um lado em Werther; há muita imaginação e pouco instinto; em Dom Juan, há exuberância do instinto e mínima de imaginação.Werther divaga; Dom Juan executa. Um traça planos, o outro realiza logo. D.Juan de Tyrso de Molina e Casanova, diferenças de criação. O primeiro é agressivo por ter sido educado por mãe má. O segundo abandona o amante sem agredi-la, por ter tido mãe amorosa e calma.
Não te cases por dinheiro; tomando a juros sai mais em conta diz o avarento.
Escreve: Rubindranath Tagore (34).
Pode secar um coração de mulher, a seiva de todos os amores;porém nunca se extinguirá a do amor materno.
“Mãe, é a minha vez de me ir embora ; adeus!
Quando, na claridade triste da madrugada, estenderes os braços para a cama do teu filhinho, eu direi: “Filhinho não está mais aí; mãe, adeus!”
Eu me tornarei no vento brando e te envolverei em carícias; eu serei as ondulações da água cristalina em que te banhares; e dar-te-ei beijos, muitos beijos.
A nossa época deveria ser chamada “ a era da vontade desordenada”.
Existem quatro espécies de amor, segundo a tradição ocidental. Um é o genital, ou o que chamamos sexualidade. O segundo é Eros, o impulso de amar para procriar ou criar elevadas de ser e relacionar-se. O terceiro é philia, ou amizade, o amor fraterno. O quarto é ágape ou caritas, como o chamavam os latinos, o amor dedicado ao bem do próximo, o protótipo do amor de Deus pelo homem. Toda experiência humana de amor autêntico é uma mistura, em proporções variáveis, das quatro espécies de amor.O antiamor é o sexo genital promiscuidade relação objeto e é o que constatamos na época atual, a anomia de Durkheim.
Entre as jovens brancas nos Estados Unidos, a porcentagem de nascimentos ilegítimos saltou de 1,7, há dez anos, para 5,3.Encontramo-nos diante de uma estranha situação:quanto mais controle de natalidade, mais numerosos são os filhos ilegítimos. O mesmo se dá com o aborto legal: maior número de infecções e complicações.
Devemos acordar Sísifo do absurdo de sua rotina tanática...(36)
Na Síndrome de Kluver e Bucy na qual “ tudo que cai na rede é peixe”;Se estimular cirurgicamente os lobos amidalianos os macacos machos cobrirão qualquer outro animal, inclusive galinhas, gatos ou mesmo os seres humanos que estão conduzindo a experiência. Não estão super excitados sexualmente, apenas não sabem discriminar.
Um trauma em seu pólo occipital direito altera o córtex visual produzindo um grande ponto cego. Um dos problemas é que muitas vezes esse paciente dirige ao banheiro das mulheres porque quando o olho direito vê a placa WOMEN (mulheres), não vê o “W” nem o “O” à esquerda. Vê apenas MEN (homem). O seu neurologista é obrigado a tirá-lo da cadeia.
Kierkegaard (37) gostava de citar o romântico Lessing que dizia que, se Deus lhe oferecesse uma vida de absoluta plenitude e bem-estar na mão direita e uma vida de eternos trabalhos na esquerda, ele optaria, sem hesitação, pela dádiva da mão esquerda.
O risco causa ansiedade, mas não arriscar é perder o próprio eu. E, no mais alto sentido, arriscar é, precisamente, estar cônscio do próprio eu .
Sem ter conhecido o sofrimento, um homem pode escrever um poema inteligente ou gracioso, mas não um grande poema.
Devemos tomar consciência da tragédia inerente à condição humana. Sua função comum é libertar-nos dos medos e frustrações da vida cotidiana.
“Unamuno (38) chama de “o horrendo espanto de sentir-se sem lágrimas e sem dor”.
Segundo o Levítico 12, 1-5, a mulher fica impura durante quarenta dias depois do nascimento de um filho, e oitenta dias depois do nascimento de uma filha.
O homem que fundiu o cristianismo com o ódio ao sexo e ao prazer numa unidade sistemática foi o maior dos Padres da Igreja, Santo Agostinho.(39)
Para Agostinho, o ódio ao prazer era ainda mais importante do que a insistência no fim procriativo de todo o ato conjugal.
A associação de Padres Católicos e suas esposas foi fundada em Bad Nauheim em 1984, conta oitenta mil padres casados, 20% do clero católico no mundo.
A fobia de mulher, conforme encontramos, digamos, em Agostinho, poderia ser vista só como uma aberração particular grotesca, ódio á mãe má; teve conseqüências, que significaram um trauma imenso para as mulheres.
Em 2004, João Paulo II não revogou “essa dádiva sem preço”, não ainda podendo as mulheres rezarem na missa; continua a humilhação.
Salmo 50,7 (protestantes 51,7): “Minha mãe concebeu-me no pecado pois se não for por amor o indivíduo nasce infeliz, o pecado dos pais durante o ato sexual é a razão para o pecado original ser passado aos filhos; prazer torna-se um nome sujo.
Cardial Hugúcio descobriu uma maneira: “Posso cumprir minha obrigação para com a esposa e aguardar até que se tenha saciado em seu prazer. Com efeito, nesses casos as mulheres estão muitas vezes acostumadas a sentir prazer antes dos maridos, e quando o prazer da mulher no ato físico tiver sido saciado, posso, se desejar,me afastar sem satisfazer meu prazer, livre de pecado e sem deixar o sêmen fluir”, similar ao orgasmo e morte.
Aristóteles chama as mulheres de arren peperomenon, um homem multilado ou imperfeito.
Assim, depois da morte pelo fogo dos hereges, veio a morte pelo fogo das feiticeiras, episódios que na Alemanha foram destinados a reduzir a cinzas uma porcentagem nada desprezível da população feminina e uma grande parte das parteiras.
A Alemanha tornou-se o maior país com agressividade à mãe feiticeira, onde ocorreu o maior número de julgamentos por feitiçaria. O jesuíta Friedrich von Spe, apesar do perigo de ser condenado à fogueira, se colocava contrário aos julgamentos em sua Cautio criminalis.
A inferioridade da mulher (feminina, em latim) pode ser vista no seu próprio nome: “ pois femina vem de fé e minus (com menos fé), por ser a mulher sempre mais fraca em manter e sem preservar sua fé.
Paulo VI lançou sobre o controle de natalidade em Humanae Vitae foi a alegação de que a contracepção “ deve ser condenada tanto quanto o aborto (pariter damnandum est) (n.14) Tem- se aí uma enorme dramatização da contracepção.
O Buda ou melhor Sidarta, (40) que por inveja do bom (do pai marajá e da mãe amorosa) não se sentia bem no lar, foi para vários mosteiros sem se adaptar; tornou-se mundano, teve filhos e abandonou-os (sentimento filicida). Após de meditar na floresta durante muito tempo, tornou-se um homem feliz e realizado, segundo Hemann Hess. Hóstia, pedaço de pão se não houver fé.
O cerimonial dos Judeus o lugar da mulher na Sinagoga (emcima) é distante do rabino. Na reza mortuária a mulher é proibida de rezar, só é feita pelo homem!
Ter a humildade de Bion (41), reconhecendo que “após muitos anos de esforços, alcancei, afinal, a capacidade de sentir pavor pelas profundezas de minha ignorância”. É deveras importante!
Tal como os dinossauros foram donos do universo na era mesozóica, o hominidae, contemplado pelo Criador com a alma (mutuação no cérebro pré-frontal e desenvolvimento das conexões dendríticas, sistema reticular e circuito de Papez), possui ainda muitas, características tanáticas dos seus antepassados, homens das cavernas, motivo pelo qual o seu canceroso crescimento atômico poderá determinar a etapa final da vida neste planeta.
Em sua série evolutiva, desde o Homo Brutus, passando pelo Homo Mythicus ou Phantasiosus, ultrapassando a bela etapa do Homo ludens, ao conseguir atingir o Homo sapiens, estará mais perto da felicidade.Se deixar de ser Homo dependeis, atingirá o Homo erogenus, primeira etapa de maturidade emocional, para finalmente galgar a serenidade da sabedoria, a ataraxia, o ser supremo: Homo moralis ou, melhor ainda, Homo noumenon, espiritual.
Só mesmo o amor, “ que move o Sol e as demais estrelas” na frase final da Divina Comédia, pode vencer as tentações suicidas do ódio, da vingança e da morte.
Quem a tudo renuncia por amor
Está perto da meta final”.
“Nunca é longe demais o caminho
para se chegar ao encontro do Amigo
nem pequeno demais o lugar
onde ele se encontra”.
As “sombras dos ancestrais”, dos negros africanos, impedem a procriação e precisam ser eliminadas pelo curandeiro; o casa estéril julga estar sob a má influência da “ sombra de um ancestral”; é necessário exorciza-la e, para tal, procura-se o curandeiro e inicia-se o cerimonial. O casal abre um buraco na terra, cujo orifício é circundado com água pura; os dois ficam nesse local até o curandeiro da ordem de sair por um outro orifício, no qual existem alimentos e ervas da floresta. O casal, dirigido pelo curandeiro, vai até uma cabana com uma franga; se esta botar o ovo, a mulher já poderá engravidar. Na interpretação psicanalítica, a terra representaria, para a fantasia inconsciente, a volta ao útero materno e, para que isso se processe sem contratempos, o casal necessita ser purificado (água) das culpas decorrentes das fantasias inconscientes de incesto e necessita eliminar os objetos ruins internalizados (mãe má ou pai mau). O curandeiro é o pai bom que perdoa (uma das funções do psicanalista) as fantasias inconscientes que causaram culpa e, portanto esterilidade.
As espirais de Kundalini (cobra que tentou Eva, segundo Baudoin apud Rof Carbalho),(42) são símbolos ambivalentes, isto é, que podem significar tanto o mal como o bem.
Não são os piores homens que mais sofrem, mas os melhores. A intensidade com a qual o sofrimento é sentido pode ser considerada como um índice da profundidade do homem.
Se incapaz de sofrer e verter lágrimas é ser engolfado no terrível nada da inconsciência.Na peça de Camus, Calígula, a amante do personagem pergunta-lhe:” então, essa liberdade aterradora é felicidade?”. (43)
Sua resposta é a de um herói extencialista típico: “Não tenha dúvida, Caesonia. Sem ela, eu seria um homem satisfeito. Graças a ela, conquistei a divina clarividência do solitário”.
Para tornarmo-nos infelizes, não precisamos de nada mais que nós mesmos pelos instintos de morte.
Os planos dos reformadores sociais e amantes da humanidade fracassaram no passado e, portanto, fracassarão no futuro se não conhecerem o Homo Mythicus.
Somente a manifestação sonora do pequeno perú a piar é capaz de provocar o comportamento maternal inato e inibir a agressão. A cabra somente aceita filhote estranho nas primeiras 24 horas; depois de apurado o olfato, rejeita- o .
O canário dom fafe se recebe bicada da fêmea não tem atitude de medo e submissão e sim se arvora de atitude de superioridade sexual ou até de ternura, pois está seguro de sua masculinidade. No ser humano o verdadeiro amor é incondicional, sabe, portanto, perdoar. O americano denomina de “bicado pela galinha”, quando o homem é mandado pela mulher. Há certos homens esquizóides que tem comportamento similar a cegonha macho que não liga para a cegonha fêmea, se perde-la; ao contrário, do mussulmano a mulher não pode mostrar a face; é o excesso portanto de ciúme, sentimento de inferioridade e Q.I. baixo da mulher que vive com medo e pânico.
HARA TANZAN, famoso Mestre Zen dos fins do séculos XIX, estava fazendo uma viagem a pé, em companhia de um monge, e encontrou uma linda jovem que não conseguia atravessar o rio. Ele carregou-a nos braços até a outra margem.Horas depois, o seu amigo monge dissera: “és mesmo um relapso”. (44)
“Porque?, respondeu Tanzan “Não é um descaramento um monge tomar uma jovem nos braços? Tanzan disse, rindo: “Ah! Aquela jovem? Na verdade é mesmo um descaramento o fato de tu continuares a abraça-la...” Nós, psicanalistas, podemos entender este conflito, através da identificação projetiva.
Mesmo sem saber, estava interpretando os sentimentos inconscientes não satisfeitos de seu amigo monge, estava portanto, praticando a psicossomática psicanalítica...
KUKUA foi o primeiro monge japonês a estudar Zen na China. Quando voltou ao Japão, o Imperador lhe perguntou o que era o Zen; ele fez profunda reverência, tirou das dobras do seu quimono uma flauta, soprou uma nota; guardou o instrumento, fez nova reverência e desapareceu. É possível se tentar uma interpretação psicanalítica para esta atitude: “ eu já posso ser homem, já não me sinto impotente diante da autoridade-pai, e não preciso dele”.
Homem amadurecido sente-se orgulhoso do êxito da esposa; amar não siginifica posse, Goethe: (16)dissera “enfermidade põe a prova o homem são”.
Pretendemos, ou melhor, precisamos fazer algo para acordar o Homo Mythicus, conhece-lo bem assim e exorcizar o Homo Brutus, para se vislumbrar a paz e a felicidade...
A mensagem do poeta chinês Kuam-tzu reza: (44)
“Se teus projetos são para um ano, semeia o grão;
Se não para dez anos, planta uma árvore;
Se são para cem anos instrui o povo;
Semeando uma vez, o grão, colherás uma vez;
Plantando uma árvore,
Colherás dez vezes;
Instruindo o povo, colherás cem vezes”.
Outro sábio chinês Confúcio , já dizia
“Mesmo que soubesse que o mundo acabaria amanhã
ainda assim eu plantaria uma macieira”.
Conclui-se daí que a felicidade perene não passa de uma utopia; a felicidade é, portanto, sentimento periódico, como: brincar com um bebê inocente, com um cachorrinho arteiro,participar de uma competição olímpica, ter uma refeição com amigos íntimos, descontraidamente, ler um bom livro, assistir a um bom filme, participar do êxito do cônjuge, dos filhos, dos amigos, etc.
Os momentos felizes para os chineses são aqueles em que o espírito está inseparavelmente ligado aos sentimentos: 1) a chuva após um dia quente, depois da qual cessa a transpiração; 2) um amigo, a quem não vê há anos, chega de súbito, ao pôr-do-sol; 3) beber alegremente com amigos românticos; 4)ouvir as risadas alegres dos filhos; 5) receber o elogio: “Como és generoso”;6) à noite, ter a impressão de sentir que alguém está pensando na gente; no dia seguinte, ao visitar essa pessoa, ela nos receber de braços abertos; 7) terminar a construção de sua residência; 8) encontrar uma carta manuscrita de algum velho amigo em um baú; 9) regressar ao lar após grande trajeto e ouvir o seu próprio dialeto; 10) acabar de pagar todas as dívidas.Observa-se que,em nenhuma dessas situações,existe agressividade destrutiva, tal como a inveja, o ressentimento, etc. Logo, a felicidade tem por base o amor. Ser feliz é amar e ser amado; amar não só um indivíduo, mas, também, ser correspondido por ele, sentindo-se querido e útil; amar não é só ligação afetiva entre dois indivíduos; é também dedicação às artes, as ciências, à humanidade, etc. Toda a dedicação a um objeto, com plena capacidade libídica, é Amar.
“Não chores meu filho;
Não chores que a vida
É luta renhida;
Viver é lutar
A vida é combate
Que os fracos abate
Que os fortes, os bravos,
Só pode exaltar”.“Quem passou pela vida em branca nuvem
E um plácido repouso adormeceu...
Quem não sentiu o frio da desgraça.
Quem passou pela vida e não sofreu...
Foi espectro de homem, não foi homem,
Só passou pela vida, não viveu...”“Não receies a adversidade...
Lembre-se de que os papagaios de papel
Sobem contra o vento, e não em favor deles”.
Poucos indivíduos chega à maturidade como aquele filho na poesia de Tagore :“Mãe, teci para teu colo uma grinalda de pérolas,
feita de lágrimas dos meus infortúnios...
As minhas penas foram criadas por mim, e quando as trouxe para tas ofertar, pagaste-me com a graça do teu perdão”.
Á custa de longo tratamento pela psicoterapia profunda ou, raramente, após profunda meditação, pode-se conseguir conscientizar-se das sete moradas de Santa Teresa de Jesus, segundo Baudovin apud Rof Carbalho ;(42) a 1ª morada é a morada dos escrúpulos obsessivos; a 2ª morada é o perigo de desejar os prazeres, livremente; a 3ª morada consiste em enfrentar os perigos da “persona”, querendo que todos o admirem por medo de revelar as coisas ruins a ser rejeitado por possuí-las; a 4ª morada é aquela em que a Santa Teresa afirma haver descoberto “ a diferença que existe entre o entendimento e a imaginação” (é o conhecimento das funções do ego); na 5ª morada, a alma é comparada a um guzano de seda(feito e disforme) que foi chamado a “morrer” para “converter-se em uma bonita mariposa”; tal como São João diz, comentando a parábola do grão de trigo: “deve morrer para que nasça um novo fruto”; similar ao renascimento de Aquiles, somente com o defeito no calcanhar, ou ao renascer de Vishnu, puro, sem os conflitos das fantasias inconscientes que tanto prejudicam o Homo sapiens; esse desdobramento seria a dissolução da ambigüidade exercida pela “ sombra dos ancestrais”, nos negros africanos, ou pelo Karma, da religião indiana ou, em linguagem analítica: a identificação com os objetos maus; na 6ª morada, brotaram por todas as partes as imagens jupiterianas, como se o indivíduo levasse consigo um poder e uma autoridade, mas como Deus está no exterior, a alma experimenta um “terror” ante essa suprema majestade, o medo de enfrentar o poder de criação e censuras dos pais; na 7ª morada é onde manifesta o sol possuidor de tanta luz, que esparramaria sobre todas as potências interiores...
Conclui-se daí que a felicidade perene não passa de uma utopia; a felicidade é, portanto, sentimento periódico, como: brincar com um bebê inocente, com um cachorrinho arteiro,participar de uma competição olímpica, ter uma refeição com amigos íntimos, descontraidamente, ler um bom livro, assistir a um bom filme, participar do êxito do cônjuge, dos filhos, dos amigos, etc.
Os momentos felizes para os chineses são aqueles em que o espírito está inseparavelmente ligado aos sentimentos: 1) a chuva após um dia quente, depois da qual cessa a transpiração; 2) um amigo, a quem não vê há anos, chega de súbito, ao pôr-do-sol; 3) beber alegremente com amigos românticos; 4)ouvir as risadas alegres dos filhos; 5) receber o elogio: “Como és generoso”;6) à noite, ter a impressão de sentir que alguém está pensando na gente; no dia seguinte, ao visitar essa pessoa, ela nos receber de braços abertos; 7) terminar a construção de sua residência; 8) encontrar uma carta manuscrita de algum velho amigo em um baú; 9) regressar ao lar após grande trajeto e ouvir o seu próprio dialeto; 10) acabar de pagar todas as dívidas.Observa-se que,em nenhuma dessas situações,existe agressividade destrutiva, tal como a inveja, o ressentimento, etc. Logo, a felicidade tem por base o amor. Ser feliz é amar e ser amado; amar não só um indivíduo, mas, também, ser correspondido por ele, sentindo-se querido e útil; amar não é só ligação afetiva entre dois indivíduos; é também dedicação às artes, as ciências, à humanidade, etc. Toda a dedicação a um objeto, com plena capacidade libídica, é Amar.
“Não chores meu filho;
Não chores que a vida
É luta renhida;
Viver é lutar
A vida é combate
Que os fracos abate
Que os fortes, os bravos,
Só pode exaltar”.“Quem passou pela vida em branca nuvem
E um plácido repouso adormeceu...
Quem não sentiu o frio da desgraça.
Quem passou pela vida e não sofreu...
Foi espectro de homem, não foi homem,
Só passou pela vida, não viveu...”“Não receies a adversidade...
Lembre-se de que os papagaios de papel
Sobem contra o vento, e não em favor deles”.
Poucos indivíduos chega à maturidade como aquele filho na poesia de Tagore :“Mãe, teci para teu colo uma grinalda de pérolas,
feita de lágrimas dos meus infortúnios...
As minhas penas foram criadas por mim, e quando as trouxe para tas ofertar, pagaste-me com a graça do teu perdão”.
Á custa de longo tratamento pela psicoterapia profunda ou, raramente, após profunda meditação, pode-se conseguir conscientizar-se das sete moradas de Santa Teresa de Jesus, segundo Baudovin apud Rof Carbalho ;(42) a 1ª morada é a morada dos escrúpulos obsessivos; a 2ª morada é o perigo de desejar os prazeres, livremente; a 3ª morada consiste em enfrentar os perigos da “persona”, querendo que todos o admirem por medo de revelar as coisas ruins a ser rejeitado por possuí-las; a 4ª morada é aquela em que a Santa Teresa afirma haver descoberto “ a diferença que existe entre o entendimento e a imaginação” (é o conhecimento das funções do ego); na 5ª morada, a alma é comparada a um guzano de seda(feito e disforme) que foi chamado a “morrer” para “converter-se em uma bonita mariposa”; tal como São João diz, comentando a parábola do grão de trigo: “deve morrer para que nasça um novo fruto”; similar ao renascimento de Aquiles, somente com o defeito no calcanhar, ou ao renascer de Vishnu, puro, sem os conflitos das fantasias inconscientes que tanto prejudicam o Homo sapiens; esse desdobramento seria a dissolução da ambigüidade exercida pela “ sombra dos ancestrais”, nos negros africanos, ou pelo Karma, da religião indiana ou, em linguagem analítica: a identificação com os objetos maus; na 6ª morada, brotaram por todas as partes as imagens jupiterianas, como se o indivíduo levasse consigo um poder e uma autoridade, mas como Deus está no exterior, a alma experimenta um “terror” ante essa suprema majestade, o medo de enfrentar o poder de criação e censuras dos pais; na 7ª morada é onde manifesta o sol possuidor de tanta luz, que esparramaria sobre todas as potências interiores...
“Não vos peço a miséria aborrecida,
Nem riqueza tamanha que me tente;
Daí-me, Senhor, o necessário à vida,
Serei contente”.
De não estarmos divorciados do conceito da Bertrand Russell, “ (45) a vida deve ser inspirada pelo amor e guiada pelo conhecimento”.
Ir cantando com o Huexotzingos, do México:
“Io assi he de irme
Como lãs flores que perecieron
Nada quedará em mi nombre
Nada de mi fama aqui en la tierra
Al menos flores, al menos cantos”.
A mulher com a ajuda do perdão irá fazer desaparecer os sentimentos culposos e com isso se amenizarão as angústias existenciais, as perturbações mentais e psicossomáticas.Tudo isso se processa à custa de grande sacrifício mútuo. Alguns pacientes, quando bem analisados, tornam-se gratos.
Segundo Krishnamurti (46), “ só se pode olhar, compreender, amar quando se é humilde. Ninguém o é realmente, a apenas percepção, apreensão da realidade”.
“Verdade é que o saber espiritual”.
É maior que o fazer material,
Porém,
Maior que ambos é o amor integral.
1-SECUTERI;R. “Lilith a lua negra” Trad. T. Gordo Edit. Paz e Terra
2-HEINEMANN;U.” Eunuco pelo reino de Deus” Trad.P. Froes Edit. Rio Rosa dos tempos 1988
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7-BENZ,E. “Adam” Edit. Monaco 1955.
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12- DICTA e FRANCOISE- “Mitos e Tarôs” Edit. Pensamento SP 1983
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17-GOETHE, FAUSTO “ Enciclopédia Delta Larousse vol. 7 Edit. Delta 1960
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20-SCOTTUS,J.D. “ Opus Oxoniense” Trad. C. Nascimento Edit.Abril SP 1933.
21-ABRAÃO, apud Biblia Sagrada Trad. A. Figueiredo Edit.Barsa 1966 e ELIADEM “ O mito do eterno retorno” Edit. Martins Fontes SP 1969.
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27-MOEBIUS,P.J. Weber den physiologischen Sahwachsenn des Weibes.C. Marhold Halle 1905 pg.23.
28-SHAUPENHAUER,A. “Obras completas”. Edit. Abril SP 1979.
29-WEININGER,O. Geschecht und Charater Edit. N. Breumuller, Wien 1922 pg.25
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38-KIERKEGAARD,S. Conceito de Angústia Trad. T.Guimarães Edit. Hemus.SP.1968
39-UNAMUNO,M. “ Del Sentimento trágico de la vida Edit. Renascimento Madrid 1970 pag.47.
40-SANTO AGOSTINHO “ Confissões” Trad. J.C.Santos Edit.Abril SP. 1973.
41-ARISTÓTELES “Política” Trad. L.V. Gerd bor heim Edit. Abril AP 1973.
42-HESS,H. “SIDARTA” e “Para ler e guardar” Trad. B. Silva Edit. Record Rio 1975.
43-BION,W. “ Atenção e Interpretação” Trad. C. Affonso Edit. Imago Rio 1973.
44-KINDALINE apud ROF CARVALHO “Patologia psicossomática”. Edit. Paz montrevo Madrid.
45-DE PRONST a CAMUS A. Maurois Trad. F. Py Edit. Nova Fronteira.
46-GONÇALVES,R.M. “Textos budistas e Zen” Edit. Cultrix 1976.