A Presença do Mito no Mundo Contemporâneo.

Prof.Dr.Luiz Miller de Paiva
Alina M. A. P. Nogueira da Silva

Mito: É narração fantástica de deuses e heróis, que pertence ao patrimônio cultural de um povo. Fundado sobre uma tradição oral ou escrita, tem geralmente um estreito vínculo com a religião, formando a razão de crenças, tabus e ritos. Frequentemente constitui um suporte (base) do sistema social e uma chave explicativa de fenômenos da natureza. Ele traz vestígeos das fases primitivas da humanidade- são  os arquétipos. O mito articula polos em uma análise e segundo Bion ( em conferência em São Paulo) disse a um paciente no final de sessão “você não se lembra do mito de Prometeu? O paciente acabou tendo um insight” .O herói Gilgamesh e me fez lembrar dos trabalhos de Bion (1990).

“A ciência avança de modo a verificar idéias, imagens do mundo. A ciência provém do mito. Vê-se isso muito nitidamente nos primitivos cientistas, designadamente nos primitivos filósofos gregos, nos filósofos pré-socráticos que eram ainda muito influenciados pela formação dos mitos. As interrogações que põem são, porém, inteiramente racionais. Por interrogações racionais entendo interrogações orientadas para a verdade.” (Ropper, 1991)

É interessante levar em conta as interrelações entre  “mito, sonhos e pensamento inconsciente”, a ponto de os mesmos serem colocados por Bion na mesma categoria C do eixo genético da Grade.

Espera-se que a análise do psicanalista tenha-lhe permitido realização de boa parte de  seus “mitos pessoais”. Assim sendo, ressalte-se que a função alfa estará a serviço da fabricação de “mitos”, agora na experiência com o analisando, e que esses “sonhos”devam ser definidos e comunicáveis, devendo ainda ter algumas qualidades de senso comum bem como também de não-senso comum. (“Cogitations”186).

Poder-se-ia localizar a função alfa em uma espécie de fronteira viva, “que parece ser o lugar onde se forma o pensamento.

Exercícios de releitura de experiência analítica ( portanto, fora da sessão de análise), à luz de elementos míticos, servem de reparação e revigoramento da intuição do analista. (“Cogitations”,p.240).

Assim, por exemplo, a quase destruição de linguagem de compreensão (ou de êxito) em uma sessão, ou período de sessões, pode ser correlacionado aos ataques e castigos de uma deidade enciumada, atenta a estabelecer e a desenvolver a confusão das línguas entre as pessoas interessadas  em edificar uma nova cidade... O mesmo modelo, Torre de Babel, pode ser útil na compreensão das intermináveis controvérsias e lutas entre os representantes das chamadas “escolas psicanalíticas”. ( Bion, 1990).

Em sua Introdução à edição italiana de “Transmissione della Vita Psichica” “tra Generazioni”, “Antonio Ferro e Anna Meregnani” consideram que um trabalho autenticamente psicanalítico vem acompanhado da capacidade de ampliar o campo que investiga.

Metapsicologicamente, não se transforma em uma gaiola que se opõe a novos conhecimentos, mas propicia uma estratificação de um saber que é continuamente recriado e vivificado na sala de  análise, propondo-se também como trampolim de lançamento (saltos) para novas conceituações”.

O estado de mente ideal do analista, na sessão de análise, deve permitir amplo contato com dor mental, dentro das vivências de oscilação das posições esquizo-paranóide e depressiva (PS-D), viagem cotidiana da parceria que exigirá o exercício das virtudes de paciência, perseverança e segurança e mantença da capacidade de  pensamento inconsciente em vigília.( Sapienza, 1997).

“A menos que a Psicanálise desenvolva uma técnica análoga à Arqueologia, nós não conseguiremos conhecer o que acontecia nos corações e nas mentes das pessoas que pertenciam à corte de  Ur, cidade de Abrahão, quando elas caminharam para dentro da Cova da Morte, tomaram sua porção de hashishe e foram enterradas vivas”. Similar ao suicídio coletivo de 900 seguidores do lider na  Guiana . Surto psicótico de P.M.D tal como no Mito egipcio da Tumba de Osiris.

Penso que “o preço da liberdade ou a verdadeira psicanálise deva continuar a ser, a eterna vigilância a fim de preservarmos a luta pela vitalidade da Psiconinâmica contra os riscos de sua reificação oposta a atitude de Palínuro, que adormeceu na boléia de seu barco (Virgílio Eneida livro VI.

Os mitos de Narciso e Fenix se completam. Quando Leríope, ninfa das àguas, engravida do indesejado filho. Narciso já havia sido amaldiçoada por sua mãe antes do agouro de Tirésias; “aquele que só viveria enquanto não se conhecesse”, é depois amaldiçoado, com esta mesma profecia, pela ninfa Echo cujo cujo amor Narcizo desprezou.

Quando ele se vê refletido no lago entra em profunda depressão e desistindo de comer e de beber, tenta, anoreticamente, destruir, não a sua vida, mas a imagem que vislumbrou a sua mãe sentida como má, daí a anorexia nervosa e a doença do neutro.

Os Anorexias e os portadores de doença do Neutro terão:

-sentimentos de distanciamento físico do corpo materno (p. ex. “não me lembro de minha mãe ter me posto no colo”);
-história de mães super-protetoras, mas pouco afetuosas;
-história de terem sido gerados, indesejadamente,ou por acidente, par sentimento filicida; daí sentirem o leite-seio-tóxicos. Qualquer alimento (mãe má) é tóxico, seria numa forma de suicídio lento.

Hulak e Ledermam (1990) sugerem dois tipos de self, um falso self imposto, e que se diferenciam do conceito genérico de falso self, descrito por Winnicott. E o outro self suposto.

O falso self  imposto é a sua tendência para somatizações severas buscando êxito letal como forma de, em suas fantasias, renascerem com o direito a um verdadeiro Self; daí a compreensão do Mito de Fenix (retornar das cinzas pois não se trata de morte física e sim renascer como novo psiquismo. É o que nós denominamos de fetalização, voltar ao útero para engulir as águas mães nutriciais para tornar-se forte; propõem ainda que, nestes casos, os mecanismos de auto regularização mobilizariam as ordens tanáticas do organismo.

Chamam estes autores de mecanismo de Regênesis. Sugerem a releitura do mito de Narciso como complementação do mito da Fenix e uma modificação técnica na abordagem destes casos.

O mito de Psique é muito frequente na clínica grupanalítica pois os homens brasileiros (constatamos o mesmo em N.Y. por ocasião do Congresso de Psicanálise) são muito machistas, principalmente na vida conjugal.

Não chegam a ser como os mussulmanos, mas levam a esposa a ser submissa e revoltada e daí a frequência da pseudo frigidez e orgasmo somente clitorídeo (agressividade inconsciente á figura masculina). Psiquê desobedecendo o esposo acende a luz e encontra um monstro, seu marido. O medo de se conhecer  leva a maior parte dos homens terem medo de submeter se a grupanálise.

Na ligação entre o mito individual e coletivo. Temos o exemplo clássico na Neurose Obsessiva Compulsiva que pode atingir toda uma cultura. Para nós, a obsessão é uma doença psicossomática por erro de educação (pais inconscientemente odiados) e com má estrutura do cérebro reptilineo, principalmente do núcleo coeruleus. Mas se jogarmos um pau ou boneca o cão trará de volta, inúmeras vezes;todavia se ele receber fluoxetina não ocorrerá a repetição, pois esta substância nutrindo os neurônios, faz desaparecer a necessidade de repetição;  fato similar ocorre na reza compulsiva pois a sua repetição sem senti-la, nada  acontecerá, é a chamada falsa fé.

Os  mitos camuflados tais como o marxismo salvaria o mundo eliminando a desigualdade e os sofrimentos sociais. Estes conceitos são muito bonitos na teoria e um fracasso na prática isso porque os indivíduos esquecem que todos nós possuimos o instinto de morte, uns mais (não tem estímulo nem para o trabalho) e outros menos, que somente sabem protestar contra tudo- ou do contra! Quanto ao mito camuflado do carnaval, Rascowski nos dizia que o Brasileiro era um povo com temperamento ciclotímico, e por um lado, maníaco representado pela agitação psico-motora no carnaval, e, por outro lado, depressivo, pois tocava. “chorinho”.Um paciente meu, Juiz de Direito, sóbrio, porém no campo de futebol transtornava o seu time de futebol representaria o herói mítico, que jamais poderia perder, devido em suas fantasias inconscientes de onipotencia para supercompensar insegurança ontológica, isto é ego frágil ou esburacado.

Barthes escreve: “o mito é um sistema semiológico”. Muitos pacientes podem conseguir o “insight” de seu conflito através do conhecimento mitológico pois este liga as nossas profundezas ocultas com a mente consciente, ele nos faz perceber o mundo dotado de sentido, acreditar nas estabilidades nos valores humanos e, finalmente, perceber o mundo como algo contínuo (Kolakowski, 1990). Além disso o mito é transcendente  (Ferreira da Silva, 1988), é a  “poiéses”divina, invasão da consciência por imagens divinas.
A Física quântica nos auxilia na compreensão da relação entre o  espírito e a matéria e certas somatizações  (Miller Paiva, 2.000).

Tentamos explicar através da física neognóstica os fenômenos telepáticos, o próprio câncer e inclusive a possível existência da alma imortal. Nós vivemos eternamente através dos elétrons, protons, ions, etc.

A dança no tempo comum pode romper-se, instalando a tempolaridade mítica. A nossa experiência clínica na  grupanálise através da peragração (dança e com cantos harmônica similar a cada par Tespsicore), mas isso tudo seria para com movimentos harmônicos compensar a desarmonia dos sentimentos internos; pois dançar em público,teria o significado de expor os seus desejos incestuosos inconscientes, por isso jamais se exibem. Mauro Bilharinho  Naves, (   ) escolheu analisar certos filmes, o que achei  muito interessante e oportuno pois a sua tese, na prática  de clínica psicanalista, é de muita utilidade, não no sentido de se praticar somente a psicanálise intelectual, a “não sentida”e  sim possa ajudar a solução dos conflitos profundos chegando ao “insight”.

No filme “Titanic” a onipotência arrogante (hybris) dos seres humanos principalmente os construtores navais, similar a maioria dos executivos, indivíduos repletos de narcisismo e orgulho. A psicanálise mostra também que apesar dos desníveis sociais iguais nos divans ou em grupos, no fundo, os individuais são todos iguais,  somente se diferenciando pela educação do berço, gerador de bons sentimentos  carater sólido e comportamento equilibrado.O estudo do filme Titanic nos fez reunir numa série de mitos da impossibilidade  de casar ,a começar pelo mito do Eden, o casal expulso do Paraíso pois terem sido desobedientes ( relação sexual precoce).

Nossa observação psicanálitica esclarece que as doutrinas religiosas julgaram mal a sexualidade.Pensamos que o principal fator não seria a relação sexual a causadora da expulsão de Adão e Eva do Eden e sim a inveja (ódio intenso) do pai juntos com a mãe, haja vista que toda a criança vendo o pai deitado com a mãe na cama procura acomodar- se no meio deles. Se os pais vivem bem, sem derriça, a inveja desaparece ou se atenua; todavia se os pais brigam ou tenham muita desavença, aumentaria muito o seu sentimento de culpa produzido pela inveja, pois o ódio é inato.

No filme Titanic o amor entre os  casais é destruído, similar o Adão e Eva e os filmes “Romeu e Julieta” “Love’s Story” “Heloisa e  Abelardo” “Casa Blanca” “Feitiço de Aquila” “Akedah” etc, parecendo uma neurose de sucesso, o que nos faz lembrar a proibição do amor completo (orgástico) decorrente ainda do pecado original ao lado da proibição do prazer por  inconsciente sentimento de culpa.

Há muitos filmes e romances que a mulher não consegue ter orgasmo por falta de amor ou por culpa do conjuge, principalmente quando este é bruto, indiferente, negando o romantismo (classificando este sentimento de “bobagem”) machista, levando-a  prevaricar como aconteceu nos filmes e romances: “Madame Bovary”, e Gustavo Flaubert; “Dona Flor e seus dois maridos”de J.Amado e outros.

Por outro lado, a agressividade da mulher para com o homem (inveja do penis) é clara no filme japonez “Império dos Sentidos” cujo final a amante corta os orgãos genitais do homem e sai eles exibindo-os na rua.

No filme “A bela da tarde” endencia-se como um trauma sexual na infância ( relação com o carvoeiro) pode acarretar desvios orgásticos, misturando o prazer com sofrimento e o prazer sexual com algo sujo, inclusive utilizando o “wasamba”.

No filme “Silêncio dos inocentes” acentua-se o transexualismo ( o assassino utiliza- se da pele das mulheres para se vestir, identificando-se com o sexo feminino) forma de psicose monossintomática.

O filme “Central do Brasil” salienta a busca do pai que  abandonara a família. A carta escrita por ele, reascende a esperança de encontrar-lo,  também pode significar investimento na vida,fé, esperança ou lamento pelo amor perdido, mas para nós é a necessidade imperiosa da presença do pai, para sua identificação introjetiva, (“colocar dentro” o pai idealizado, forte, protetor e “pai amigão”), é o nome do Pai ou da Lei, descrito por Lacan, de importância fundamental na profilaxia do homossexualismo, travestismo e transexualismo.

A criança necessita primeiro identificar-se como o falo da mãe (falo este que seria do pai ou mesmo do avô) para depois ter coragem de introjetar o falo do pai. O pai deste filme torna-se amado e, ao mesmo tempo, odiado, mas entre os irmãos há um pacto de não agirem  contra o pai, mas que sobrevivam através do instinto de vida, caracteristica da força libica de reparação.

Nesta mesma situação temos o filme de   Ingmar Bergmann “Gritos e Sussurros”que mostra como a falta de afeto do pai e da mãe acarreta a incapacidade de amar,(nas três irmãs), uma delas sofrendo câncer e tendo homossexualidade ( substituindo mãe pela amiga pois desde criança tinha medo de se aproximar de sua mãe seca e distante).

No filme I. Bergmann “Morangos Silvestre” a indiferença afetiva do pai acarretou separação da esposa e dos filhos embora muito querido e conceituado pelos seus clientes. Este é um exemplo típico de sentimento filicida inconsciente e medo de amar pois  não sabe se vai dar amor ou destruição; com seus clientes era um “ gentilman” agradável, recebendo até um prêmio da Academia de Medicina.

Sua irmã Karin evidencia sua aversão à figura masculina colocando na vagina cacos de vidro (do copo de vinho) ao ter coito com o esposo (verdadeira vagina dentata). O filme termina mas não enfoca a principal personagem, causadora principal de  toda a tragédia  - o pai, o “grande ausente”! que não conseguiu dar afeto, segurança, reverie e assim permitiu que os filhos não tenham capacidade para um amor pleno. O mesmo fato ocorreu no filme “O exorcista”,ausência do pai favorece todas as manifestações parapsicológicas.
O “mito da Caverna de Platão”(livro VII da  “República”- Platão, 1972) a visão das pessoas depende da posição da observação, como ocorre com o analista,  já conhecedor dos conflitos inconscientes – vê mais que os outros! “Continua Platão no seu relato mostrando que este que viu a realidade é o filosofo que tem o dever de  ensinar os outros, embora esta empreitada seja dificil”. O mesmo fato ocorre com o terapeuta que deve mostrar os conflitos inconscientes aos pacientes, sem contundi-los, mas é tarefa demorada e muito difícil, também.

Tivemos uma paciente engenheira e diretora de  firma multinacional que possuia 7 personalidades, necessitava de cada uma delas de acordo com a sua necessidade é o problema do duplo e do estranho, manifestação psicótica.

Uma vez descoberta e sentida as causas de seus conflitos, acabaram as inseguranças ontológicas, tornou-se uma só.

Gostaria de salientar a reláçaõ de Hercules com Prometeu,( derivado de Pramantha, fogo por fricção) pois tivemos em médica homossexual cuja decifração e vivência co complexo de Prometeu e Hercules, fê-la solucionar o seu comportamento homossexual ( Miller Paiva,1985). Na sua 1ª tentativa heterossexual seu namorado ( que tornou-se posteriormente sacerdote) mostrou-se impotente e ela para se conformar recebeu afeto de amiga, iniciando a sua vida homossexual. Durante a grupanálise,ela teve conhecimento do mito de Prometeu ( castigado por Jupiter por tê-lo desobedecido, ficou acarrentado tendo uma àguia que devorava o seu fígado durante o dia que se regenerava a noite.Prometeu somente fora salvo por Hercules que destruiu  a Hidra de Lerna ( símbolos fálicos).Essa paciente identificou-se com Hercules ( homem não destrutível e o oposto ao seu debil namorado, conseguiu solucionar a sua característica homossexual, pois tomou conhecimento de que o veneno da cobra produz soro anti-ofídico, neutralizando o perigo daí o seu “insight”acabando em aceitar  o falo, o analista homem- pai, sem medo de destruí-lo.

O homossexualismo tardio no filme e romance “Morte em Veneza”, vem confirmar como essa doença é insegurança ontológica o que pode  se manifestar principalmente  na andropausa.

No “Club da luta” Mauro Naves (   ) mostra, como o instinto de morte é deveras importante produzido pelo abandono dos pais( Nome do Pai de Lacan) acarretando sua destruição até ao suicídio, como no “Gênio indomável”.No momento em que o terapeuta saia da  Tecnica Clássica  para dessa maneira restabelece um vínculo emocional para torna-se compreensível (ousadia dos cânones psicanalíticos) o paciente no lado intelectual era um grande matemático e, por outro lado, portador de insanidade emocional acentuada.

No filme “ Sociedade dos Poetas  mortos” confirma,o que já referi, como é prejudicial a intolerância paterna similar ao filme “Gente como a Gente,”teimozia da mãe levando o filho ao suicídio. Completando este comentário sobre filmes na “E LA NAVE VA”, Mauro Bilharminho Naves, (   ) mostra a sua inteligência, competência e dicernimento de que “o real é o mito”,pois torna-se claro o imbricamento de cenas reais e fantasiosas, inclusive colocando as  guerras como situação absurdas de verdadeira psicose coletiva.

No filme “Blow up”, a fantasia se mistura com a realidade de maneira clara pois o fotografo, por complexo de Edipo, vê na sua imaginação o casal (pai e mãe tendo relação sexual e o homem é assassinado) mas não consegue comprovar o assassinato a nenhum de seus amigos. Termina o filme com um jogador de tênis sem bola, confirmando a força da fantasia inconsciente.

O conflito do filme “A rosa purpura do Cairo” mostra como a fantasia pode se confundir com a realidade muito mais vezes de que se pensa.

Eis um exemplo: um casal, marido em um grupo e a esposa, o  outro grupo, porém juntando os dois precipitaria a confusão, e o outro entendia de maneira diferente, embora o terapeuta estivesse presente. Trata-se de situação inconsciente,eles inconscientemente via no outro a  imagem dos próprios pais que sempre transmitiram confusão de sentimentos. É viver de  fantasias, emboram não percebam conscientemente,então os filhos interligam-se, sem perceber, do “copy style” da derriça dos pais.

  “E o vento levou”nos mostra Scarlatt uma personalidade dinâmica e decisiva, porém psicótica, pais não conseguia amar de maneira sadia devido aos seus conflitos, estava sempre insatisfeita, “coquette” com os homens, significando forte agressividade a eles; julgava-os ( a seu “bel prazer”) e, finalmente, com sentimentos filicidas. No filme “Beleza Americana” seria o inventário mais clássico da canalhice atávica que origina a identidade americana como também referencia a sua fragil moral da família. 

Finalizo este comentário relatando o mito que aprendi no Japão – o mito de Ajase. Este tomou, conhecimento que sua mãe estava com medo de ser abandonada pelo esposo e resolve, então engravidar.Todavia o oráculo da montanha dissera que só teria gestação após  a morte do ermitão.

Ela mandou matar este ermitão. Nasceu Ajase mostrando-se desde cedo atos de delinquência desejando matar o pai, aprisionando-o em um calabouço sem alimentos. Sua mãe, untava-se de mel para nutri-lo. Nesse interim Ajase apanha doença terrível na pele. Sua mãe tratou-o com zelo. Acabou, sentindo, que era amado e não rejeitado, tornando-se um indivíduo normal. 

Uma da representantes do sentimento filicida em psicossomática seria o mito de Medeia.
Jasão, educado pelo centauro Quirão, para conseguir o trono tinha que conquistar o Tosão de Ouro  (inocência) progresso teve que enfrentar cujo dilema transferiu para o exercicio do poder e 2 touros ligados à homens armados, dominou-os e ainda enfrentou o dragão que fosse enebriado por Medeia, sua mulher. Esta por ciúme de ter sido abandonada por Jasão, matou os filhos e degolou sua amante. Jasão teve, desde aí, vida errante.

Outro sentimento filicida, vamos encontrar em Saturno que devorava os filhos e em Abrão que recebera os dias de Deus por matar Isac (chamado mito de AKEDAH) para nós seria uma fantasia filicida inconsciente que levará os pais a educarem mal (sem reverie) os filhos e até maltrata-los. Desta educação surge o sentimento de himeneufobia (medo do casamento pois poderia ter filhos com essas fantasias parecidas e sofrer a Pena de Tálias.

O mito do medo das baratas (zoofobia), nas mulheres é menos freqüente, que nos homens. Se dosarmos os hormônios cortisal, epinefrina,nor-epinefrina antes e depois de jogar uma barata em uma fóbica, não haverá aumento da epinefrina pois a adrenalina está aumentad na lebre, antílope etc, mas nos felinos (leão e tigre) ao contrário encontra-se aumentada a nor-epinefrina, substância esta produtora do comportamento agressivo. Na mulher com fobia pela barata há aumento da nor-epinefrina e não a epinefrina(esperava-se este aumento por sentir medo intenso).Isso porque se amãe bate na filha e esta fica com raiva, tem fantasias hostis à mãe,e, nesse exato momento, matam uma barata, a filha superpõe a mãe ao animal e causa, portanto culpa intensa.

Outro exemplo de sentimento filicida estaria no Mito da criança assada. A mãe encontra ao voltar do cinema um bilhete da babá: “há uma surpresa no forno”, a mãe encontra o bebezinho assado. É dessas fantasias que chocam e que se espalha como verdade!

A timidez em excesso vamos encontrar no mito de Jonas, que, dentro da baleia teria como significado o medo da vida desejando ser protegido pela fetalização (voltar ao útero para se nutrir das “águas mãe nutricial” que poderá dar força e coragem para enfrentar a vida exterior).

Adesobediência não só vamos encontrar em Eva e Adão,mas, também, em Proserpena ou Persofore virgem mas que comeu as bagas vermelhas de romã; delatada por Ascálafo,por obrigada a viver no inferno. Ela sempre fora estéril, mas era adorada pelo povo.

Quanto as pacientes com  inveja do falo e agressivos ao machismo encontramo-las nos mitos de Diana ou Ártemis, deusa de castidade, porém teve como amante um jovem de rara beleza, de nome Enclimião, mostrando que as vezes, a frigidez ou a indiferença amarga seria causada por falta de libido, isto é, de um verdadeiro amor. Diana por causa de seu orgulho mandou seus 2 filhos matar, por inveja, Niobe (psicose neto de Tântalo). Este entrou em mutis uso e transformou-se esses recebia úmida de lágrimas.

Há um mito individual – o mito da menopausa, que por sugestão das amigas que revelam neste período de vida, a mulher ficaria frigida, sentir se ia horrorosa e a vagina ficaria seca.

Tudo isto é falso: a mulher normal neste período sente-se bem, tem prazer na vida, a vagina fica fluída por necessidade genital e continua feliz auto confiante.

O mito de Ulisses: muitos homens são seduzidos por jovens e belas mulheres, porém aquele que tem caráter de fidelidade que na maioria das vezes adquirida pelo bons exemplos do pai ( absorveram o “copy stile”deles) jamais prevaricarão, embora não deixem de  ter vontade de ( “dormir com a Miss Brasil”...) O canto das sereias não funcionariam pois Ulisses era capaz, corajoso, ardiloso mas era modesto e humilde embora tenha fingido ter crise de loucura, amarrar no mastro resistiu a sedução das ninfas, demonstrando intensa fidelidade à Penélope e com a qual emotou Erato que celebrava as loucuras do himeneu e a felicidade de amar.

O mito da esterilidade  é combatido pelo xamã, na África, o casal estéril faz um buraco na terra, penetra nela, ao entrar, come algo fornecido pelo xamã e ao sair do outro lado do buraco, ingere outro alimento e vou morar em uma casa na qual haja uma franga. Se esta botar ovo, haverá gestação.

O mito de Psiquê  vamos encontra-lo na falta de organismo vaginal. Psique fora enviada pelo oráculo, às núpcias da morte. À noite apareceu na escuridão seu marido invisível, o monstro, que não podia sei visto; é o não enxergar a fantasia da morte sobre o homem que a fizer chegar ao orgasmo vaginal. As irmãs de Psique convenseram a irmã de vê-lo.

Ela foi avisada que era um réptil do tortussos anéis, pescoço estufado, de baba sanguinolenta, pronto a devora-la, mas suas irmãs induziram-a a mata-lo e, ao fozabelo iluminou seu perfil observara na beleza sem igual. Tentou   o suicídio, em vão. Afrodite induz Psique a sair dessa fase mais primitiva da humanidade-impõe 4 tarefas para sair  da hybris ( orgulho e inveja) que seriam a humildade, paciência, capacidade de elevação do espírito de trazer do inferno (a catábase de morte simbólica) uma caixa com a formosura de Perséfone para matar dentro dela a parte que a impedia de amar.

A nosso ver é acabar a culpa da  iveja do pênis, pois a fantasia do coito sem orgasmo ou somente pela masturbação levaria ao pavor de possuir fantasias de orgasmo e mente quando se tiver orgasmo, destruiria o pênis, mataria o homem pela fantasia da “vagina dentada”.
Após a grupanálise pode se ver a verdadeira personalidade do marido! O mito de “orgasmo e morte” é claro no infartado do coração ou operado das safenas do coração e de terem medo de morrer durante o coito. Veno (    ) verificou em 5539 mortes súbitas que somente 34 fizeram após o coito, mas 3 destas estiveram com as amantes. A culpa, portanto, seria o fator etiológico principal.

O mito do homem e da mulher terem medo da relação genital é muito mais freqüente de que se pensa, haja visto o mito da Medigo-on Gargona , isto é, da fantasia inconsciente de toda a mulher representar, no inconsciente, mãe má.

É o Rang-dá do oriente, os guardam de Dorothea Tanning entitulado “Noite Nupcial”, os de Salvador Dali  “galaribonucluc ácid” “Canibalismo do outono” e muitos outros.

O mito de Icaro cujo maior desejo é voar como os pássaros, temos a lenda do tapete mágico  do folclore muçulmano. Dédalo fixou asas de cera nos ombros de seu filho, mas ao aproximar demasiadamente do sol fundiu a cera. A maioria dos mitos tem um desfecho desastrado porque seria sacrilégio ou tabu descobrir os segredos profundos da natureza. Esta descoberta como ainda culpa tal qual Santos Dumont que guardou-se por saber que a sua invensão estava matando os jovens paulistas. Contudo, um dos mais antigos mitos é o de Golem, relacionado a criação da vida. No mito de Pigmalicó, rei de chupre, esculpiu a estatua de uma mulher um marfim,poderia apaixonar por ela. 

Afrodite, deusa do amor, deu a vida á estatua como um favor, do qual emerge o conceito de criação da vida. Todavia, a nisso ver, seria uma forma de desvio da rexualidade, a mulher seria sentida pelas fantasias inconscientes. Como mãe má fálida e construtora, homem preferiria uma mulher que não fosse destruí-lo como foi ocorrer com os pedofílicos, que preferem a relação genital com crianças, por estes não serem agressivos ou podendo diminuí-las.

A criação art.Brasil da ovelha Dali, implante de gene. Teria o maçono significado-mito de golem.

O incesto sempre fora castigado. Adonis jovem belo para filho do inscrito de Mirra e Chifre, para parturir o bebê foi transformada em arvore cuja casca se abrirá e não sofreria Adonis conquistou Prosérpina passando 6 meses com ela e outro tanto com sua esposa Vênus.

Todos os homens necessitam tal como Teseu de Francisco de Ariadne para destruir o minotauro que seria a fantasia inconsciente e culposa.

Todavia, olvidon do contrato feito com seu pai Egeu de içar a bandeira branca( da vitória) manter pelo qual vendo o erro, o pai suiciou-se.

O outro herói mítico que os homens devem seria Perseu, foi elo de Zeus que penetrou no presídio de Diana, engravidou-ª O rei Acrísio ficou aterrado, pois um oráculo predissera que seria assassinado pelo seu neto, colocou-o em um cofre e jogou-o no mar.

Fora salvo e criado pelo rei Polidectes tornando um jovem encantador.Perdeu no banquete ofereceu trazer à cabeça da Medusa, monstro com serpentes no cabelo,para isso ele colocou as sandálias adidas,por sacola de mendigo e cabeleira negra. Deveria  para perder a medusa, não olha-la de frente. Através de um espelho ele dominado e cortou a cabeça da gorgona. O rei Acrísio  não se conforma e foi para Larissa por medo das mensagens bruxas do oráculo Perseu foi para lá devolver lhe o trono, mas entrou em combate e o seu  disco deepo a cabeça do sogro, confirmando a melidiscencia Perseu não aceitou a hernça e foi para o reino de Hades. O mito de Perseu, vencendo a medusa, símbolo da mãe má e castradora é o que todo o analisando deseja solucionar  a impotência genital e o orgasmo rápido, por medo da vagina dentata.